Há uma passagem do Evangelho na qual Jesus lança uma desafiadora missão
para seus seguidores, e é justamente nesta passagem em que Ele anuncia o que Deus
deseja para o ser humano criado à sua imagem e semelhança: “Sede perfeitos,
assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Por meio de sua Igreja,
Jesus disponibiliza para todos os homens os meios necessários para se alcançar
o grau de santidade. A santidade da Igreja é fruto da presença salvífica de
Deus nela, porque Jesus, o sumo sacerdote se entregou por ela, unindo-a a si
como seu corpo e a ela comunicou os dons do Espírito Santo (cf. LG 39).
Nenhum ser humano será santo por suas próprias forças e vontade. Nenhum
de nós poderia alcançar a santidade se ela não fosse um dom do alto: “Pois esta
é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1Ts 4,3). Em qualquer condição ou
estado de vida, cada um no caminho de sua existência, em meio a suas limitações, são chamados à perfeição da santidade
pela qual é perfeito o próprio Pai. Buscar a santidade consiste na certeza de
que será possível viver a “plenitude da vida cristã e a perfeição da caridade”
(LG 40b).
O chamado à santidade é a proposta de Deus para nós. Para que nossa
resposta seja coerente é necessária a entrada “na dinâmica do Bom Samaritano
(cf. Lc 10,29-37), que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente
com quem sofre, e gerar uma sociedade sem excluídos, seguindo a prática de Jesus,
que come com publicanos e pecadores (cf. Lucas 5,29-32), acolhe os pequenos e
as crianças, cura os leprosos, perdoa e liberta a mulher pecadora,
fala com a Samaritana” (DAp 135).
A Igreja é,
portanto, sinal e instrumento de salvação entre os homens, (LG 48). Convidando
a todos a viverem seu chamado para a santidade e esta salvação passa pela pala
acolhida da Palavra revelada, pela vivência dos Sacramentos e pelo serviço aos
irmãos, conforme a alegoria do juízo final de Mateus (Mt 25,31-46).
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