segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Meditações sobre o ser Cristão no mundo: Desafios de seu tempo


Continua muito presente no mundo, o pecado que foi introduzido pela própria humanidade em sua história. Todavia, onde o pecado abundou, a Graça de Deus foi derramada de forma abundante e portanto, é mais poderosa a presença e a ação libertadora e analtecedora de Deus que vem sempre em nosso auxilio, mostrando-se como um Deus que é amigo de humanidade.
 Por isso, unidos à virgem Maria, no magnificat (Lc 1,46-55), anunciamos todas as maravilhas que nosso Senhor realizou e sempre continua realizando no meio da história de seu povo e por isso, nós nos alegramos em seu amor e em sua misericórdia. Cristo deseja servir os irmãos que sofrem por meio de nossa colaboração e por esse motivo, vem sempre nos convidar por meio da voz de todos eles, através de suas histórias repletas de beleza e dramas. É tarefa da Igreja, a partir de uma postura crente e materna como a de Maria, se fazer presente na realidade de nossos povos, contemplando em seus rostos sofredores e ressuscitados o rosto do Senhor Jesus (EiA 45).
            Para que isto aconteça, a Igreja deve sempre se deixar interpelar numa atitude de abertura e acolhida. E nossa ação do mundo tem sido interpelada pelos diversos rostos de nosso tempo. Somos questionados pelos pobres, excluídos, desempregados, migrantes, pelos que não têm onde morar, pelas vítimas da violência de grupos que se estabelecem em nossas cidades por conta da deficiência da segurança, vítimas da violência da própria polícia, pela juventude e pelas crianças drogadas e prostituídas. Também pelos camponeses sem terra, pelos que buscam sobreviver nas redes da economia informal, os povos indígenas, as mulheres de toda condição que têm sofrido uma dupla exclusão em razão de sua situação econômica e de seu sexo.
            Somos severamente questionados pelos irmãos de outras comunidades cristãs, com quem começamos a orar juntos e a colaborar, caminho para a unidade querida pelo Senhor; e também pelos irmãos de outras confissões religiosas, com os quais está pendente o diálogo e a colaboração mútua. Interrogam-nos também os agnósticos, os ateus e os indiferentes, que vivem a pobreza de desconhecer a Deus em sua vida ou, sabendo dele, prescindem de sua pessoaos ateus e os indiferentes, que vivem a pobreza de desconhecer a Deus em sua vida ou, sabendo dele, prees da economia informal, e de seu amor. Somos interpelados por todos aqueles que estão carentes de esperanças e utopias pois observam perplexos a derrocada de seus velhos sonhos de uma vida melhor. 

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