quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Começa hoje a 247ª Festa da Penha


De 24 a 28 de novembro será realizada a 247ª Festa de Nossa Senhora da Penha, na Praia da Penha, em João Pessoa. O tema deste ano é: “Com Maria aprendemos: ‘servir ao Deus único é servir aos irmãos’”. A Festa termina com a Romaria no fim de semana.

Programação (No Santuário localizado na Praia da Penha, na Capital):
Dia 24/11 (Quarta-feira):
Às 19h: hasteamento da Bandeira na “Santinha da Penha”.
Às 19h30: Celebração com o tema: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Celebrante: Pe. Luciano Freitas.


Dia 25/11 (Quinta-feira):
Às 19h30: Celebração com o tema: “Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês”. Celebrante: Pe. Carlos Maurício.

Dia 26/11 (Sexta-feira):
Às 19h30: Celebração com o tema: “Entre vocês não deverá ser assim”. Celebrante: Pe. Josenildo.

Dia 27/11 (Sabádo)
Às 22h00: Romaria da Penha
Sobre a Romaria: a caminhada tem um percurso de 14 quilômetros: saindo da igreja de Lourdes, na avenida João Machado, no Centro de João Pessoa, os romeiros passam pela avenida Pedro II, trevo universitário, principal do bairro dos Bancários, passam pelo contorno da entrada do bairro de Mangabeira, e seguem pela pista que dá acesso à Praia da Penha até chegar na Praça Oswaldo Pessoa, na Penha. A Romaria da Penha é realizada sempre no último domingo de novembro. Ela sai da igreja de Lourdes, no Centro da Capital, porque essa igreja era a matriz da Paróquia da qual o Santuário da Penha fazia parte. Hoje, o Santuário pertence à Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no Cabo Branco.

Veja a programação da Romaria ao Santuário de Nossa Senhora da Penha 

Fonte: PASCOM

terça-feira, 23 de novembro de 2010


O Papa não provocou transformações radicais na doutrina católica com as declarações sobre o uso de preservativos, que fazem parte do livro-entrevista que recolhe as conversas com o jornalista e escritor alemão Peter Seewald.

Na obra Luce del mondo. Il Papa, la Chiesa e i segni dei tempi (Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos, em livre tradução) - que será apresentada em coletiva nesta terça-feira, 23 -, o Pontífice explica que "pode haver casos individuais justificados" para o uso do preservativo, exemplificando com o caso da prostituta que recorre ao material.
"Esse pode ser o primeiro passo rumo a uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência do fato de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, essa não é a maneira verdadeira e adequada para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade", afirma o Papa no livro.

Acesse
.: Nota de padre Lombardi acerca de declaração do Papa sobre camisinha
.: Confira trechos do novo livro do Papa Bento XVI 

A fala do Santo Padre provocou agitação em determinados setores, especialmente devido às interpretações feitas por alguns veículos de comunicação de que a declaração representaria um afrouxamento da doutrina católica nessa área.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, emitiu uma nota oficial em que precisa:

"O Papa reafirma que 'naturalmente a Igreja não considera os preservativos como a solução autêntica e moral' do problema da Aids. Com isso, não reforma ou transforma o ensinamento da Igreja, mas o reafirma colocando-se na perspectiva do valor e da dignidade da sexualidade humana como expressão de amor e responsabilidade".
No entanto, a visão ampla e profunda do Pontífice sobre a sexualidade humana também leva em consideração a situação excepcional em que o exercício da sexualidade represente um verdadeiro risco para a vida do outro.

"Em tal caso, o Papa não justifica moralmente o exercício desordenado da sexualidade, mas considera que o uso do preservativo para diminuir o perigo de contágio seja 'um primeiro ato de responsabilidade', 'um primeiro passo no caminho rumo a uma sexualidade mais humana', muito mais que o não uso expondo o outro ao risco de vida. Em si, o raciocínio do Papa não pode ser certamente definido como uma mudança revolucionária. Numerosos teólogos morais e relevantes personalidades eclesiásticas sustentaram e sustentam posições análogas; é verdade, todavia, que não a tínhamos ainda escutado com tanta clareza da boca de um Papa, ainda que de uma forma coloquial e não magisterial", complementa Lombardi.

Polêmica
O trecho que suscitou as polêmicas e interpretações equivocadas é este:

"A sexualidade
Concentrar-se somente no preservativo significa banalizar a sexualidade, e essa banalização é precisamente a perigosa razão pela qual tantas e tantas pessoas não veem na sexualidade mais a expressão do seu amor, mas apenas uma espécie de droga, que administram por si só. Por isso, também a luta contra a banalização da sexualidade é parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer o seu efeito positivo sobre o ser humano em sua totalidade.
Pode haver casos individuais justificados, por exemplo, quando uma prostituta usa um preservativo, e esse pode ser o primeiro passo rumo a uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência do fato de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, essa não é a maneira verdadeira e adequada para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade".

Veja também:
.: Livro de entrevistas com Bento XVI será lançado até final do ano
.: "O Papa está certo", diz autoridade mundial no combate à AIDS
.: Nota de padre Lombardi acerca de declaração do Papa sobre camisinha 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O mundo tem jeito!


Nas circunstâncias atuais, dizemos que o mundo não tem jeito, mas isso não corresponde à verdade; não é uma atitude cristã. A história tem uma linha horizontal, mas segura nas mãos do Criador e caminha para a construção do Reino de Deus.
O projeto da história da humanidade, apesar dos medos naturais que dele temos, tem como finalidade a vida e a salvação, isto é, vida com dignidade, fundamentada na justiça divina. Temos medo porque parece que o justo sofre enquanto o malvado prospera.
É fundamental confiar em Deus e acreditar num futuro melhor. O justo será premiado e vencerá o malvado, porque a promessa do Todo-poderoso não falha. Ele não abandona o Seu povo. Estará sempre do lado de quem prática a justiça e trabalha pela sua realização e pelo seu sucesso.
Chegando ao final de mais um ano litúrgico, contemplamos as realidades do fim dos tempos. Realidades que fazem parte do nosso cotidiano, que não são apenas do futuro, mas que começam hoje. Por isso não podemos ficar assustados com os sinais dos tempos que acontecem já agora. Nos sinais da natureza pode estar a nossa ruína. A droga, os vícios, a violência, as gangues, não passam de caminho destruidor. Eles destroem o projeto de Deus, que é totalmente voltado para o sentido e o valor da vida.
Não temos noção da chegada do fim do mundo. Convivemos com os vestígios dessa realidade. Os justos trafegam numa situação de sofrimento, numa cultura marcadamente injusta, provocadora de violência e de morte. Não é fácil ser correto nas circunstâncias de hoje.
É importante ter confiança e agir com ânimo, mesmo diante das forças contrárias. O cristão perseguido está nas mãos de Deus e terá a defesa eterna. O testemunho de fidelidade ao Senhor é uma grandeza, que leva a vencer o sofrimento.
Vamos começar um novo ano da Igreja. Devemos ter a marca da espiritualidade cristã, mantendo em nós a esperança de vida cada vez melhor, fundada nos princípios da Palavra de Deus.

.Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O desafio de ser santo na modernidade




O desafio de ser santo na modernidade
Tags: santos calca jeans adriano golcalvez jovem entrevista juventude padre paulo ricardo
Duração: 00:15:13
Data: 28/10/2010
Descrição: Pe Paulo Ricardo, em uma entrevista com Adriano Gonçalvez, fala sobre "O desafio de ser santo na modernidade".

Ser santo é ser humano

Muitos pensam que para ser santo é necessário deixar de ser gente! 
Santificar-se é descobrir que o projeto de santidade ocorre com a ajuda do Espírito Santo, que move as diferentes pessoas nos diferentes tempos e faz uma obra maravilhosa. Move-nos em um movimento de felicidade. Porque ser santo é ser feliz. A santidade é feita de momentos, do agora, de oportunidades, de encontros. Ao ler este artigo, você estará traçando um projeto de felicidade, pois poderia estar agora envolvido em outras mil e um coisas, mas está aqui diante desta página confrontando-se com estas palavras.
O Espírito Santo plasma em nós a todo momento uma atitude santa. Uma atitude beata (beato=feliz).
Não negligencie a felicidade que Deus lhe concede. Felicidade é santidade. E não se trata de uma felicidade passageira, uma felicidade “fast food”. Ela não é rápida como a internet de banda larga, mas compõe um projeto de continuidade, de começos, meios e fins.
Infelizmente, muitos pensam que para ser santo é necessário deixar de ser gente e esquecer que a vida é um projeto de bem-aventuranças (felicidade). Ser santo é ser gente na plenitude. É ser humano em tudo aquilo que comporta a palavra “humano”.
Jesus sempre fez este processo de humanização com as pessoas, fazendo-as tomarem posse de si mesmas e, assim, levando-as a se disporem. Ser pessoa não é só completar o que somos e temos de melhor, mas descobrir e cultivar o que temos de melhor para o benefício de outros. Isso é santidade. Santidade é ser melhor e não apenas “o melhor”.
Quer saber como ser santo? Faça bem todas as coisas. Leve Jesus para todos os lugares. Convide-O para estar em todos esses lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação deste mundo. É saber que podemos deixar marcas de céu na vida de todos aqueles que estão ao nosso redor. Isso é ser santo. Fazer bem todas as coisas e amar. Este é o segredo da santidade, a verdade de uma humanidade que vive na plenitude. O amor é tudo o que as pessoas procuram.
Não podemos desperdiçar nossa juventude. Devemos vivê-la intensamente, apostando tudo em Jesus e sendo gente, humanos. Sempre com a certeza de que é possível ser santo de calças jeans. 

Do livro "Santos de calça jeans" de Adriano Gonçalves

domingo, 7 de novembro de 2010

Nunca vamos te esquecer!

Sempre esteve ao nosso lado desde que chegou!
Seu jeito e suas palavras sempre nos levam á reflexão e a boas gargalhadas!
Sua alegria é contagiante, seu carisma é ser canal de Jesus Cristo pra todos que dele precisam!
Com o coração partido, te dizemos: "Até logo!"
Saiba que as sementes plantadas nesses quase dois anos vão gernimar, ou melhor já está dando frutos, isso já podemos vêr!
Obrigado por tudo...
Mais queremos deixar bem claro que não importa para onde esteja partindo, sabemos que a missão te leva, como te trouxe até aqui!Apenas pedimos que nos leve em seu coração onde quer que vá, pois o senhor esta guardado em nossos corações para todo sempre!

Não importa o tempo que passar,
Não importa onde esteja,
Nunca vamos te esquecer!
Nem o tempo,
Nem a distância,
Vão apagar as lembraças que você deixou em nós!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Não cabe a nós julgarmos o nosso irmão!


Se nosso irmão é falho, errado, mas estamos unidos a Jesus, unidos estaremos também a ele. O mais lindo disso tudo é não ficar julgando o irmão, justamente porque ele não está apoiado em nós, e sim, no Senhor. Nosso irmão é servo do Senhor. Conforme diz São Paulo, não podemos julgar um serviço alheio, pois quem o executou é servo do Senhor, assim como nós. Se ele tem falhas e defeitos, se conduz o grupo de maneira incorreta, se tem escandalizado os irmãos, isso tudo deve ser resolvido com seu Senhor. Não compete a nós julgá-lo, tampouco criticá-lo; pelo contrário, no amor e na caridade aceitamos como ele é, porque o Nosso Senhor, que é também dele, aceita-o como ele é.
Não somos responsáveis pela nossa unidade. Se assim fosse, não nos escolheríamos uns aos outros. Foi o Senhor que nos escolheu e nos uniu, como num cacho de uvas. Jesus é o ramo e todos nós estamos ligados a Ele, pois fomos criados em cacho. Não criamos a nossa unidade, já fomos criados em unidade, restando-nos agora respeitar a unidade na qual fomos criados.
Em respeito ao Senhor, que já nos criou em unidade, façamos de tudo para não romper a unidade, por isso, não vamos julgar o irmão, criticá-lo nem condená-lo. Se o irmão possui falhas e defeitos, ele deve resolver isso com o Senhor. No entanto, podemos nos perguntar: Como corrigiremos as falhas? Se a Igreja, o grupo de oração e a comunidade não progridem porque determinada pessoa possui este ou aquele defeito, então temos de nos preocupar em corrigi-la.

Na verdade, se adotarmos uma atitude de julgamento e crítica, ansiosos por corrigir, estragamos tudo. Quando mudamos de comportamento e aceitamos os outros como são, formando unidade, então sim a correção começa a acontecer por obra do Senhor. É Ele quem faz a correção, mas para isso precisa da unidade.
 
Ressaltando: se ficarmos preocupados em corrigir os defeitos uns dos outros, nada acontecerá, porque cairemos em crítica, julgamento, condenação e desentendimento. Quando, porém, a despeito dos defeitos dos irmãos, respeitarmos a unidade criada pelo Senhor, em vez de nos rejeitarmos uns aos outros, nossa correção se inicia. Se estivermos unidos, a seiva do Espírito Santo de Deus passará por todos sem interrupção; a irrigação será perfeita.

Fonte: portalCN

terça-feira, 2 de novembro de 2010

VENCENDO o luto, SUPERANDO as perdas!


A nossa vida é cheia de perdas e lutos, de altos e baixos. A maior dor, porém, é a perda de alguém muito querido, como pai, mãe, esposo ou esposa; alguém com um laço afetivo muito forte. Geralmente, associamos a perda ao luto, mas existem situações em nossa caminhada que são tão intensas que vivemos uma perda como um luto. Um exemplo são as separações, as mudanças de cidade ou trabalho, o término de um namoro, a mudança de escola, decepções, traições etc. É uma dor que precisa ser enfrentada com realismo e muita ajuda pessoal, espiritual e, muitas vezes, acompanhada por algum profissional ou alguém que tenha condições de vencer conosco estes momentos difíceis. Quanto mais próxima a pessoa ou a situação que se perde, mais difícil e delicado é o processo de recuperação. No entanto, é possível viver bem e superar esses momentos de perdas e lutos.

Há dois anos e meio eu passei por uma grande perda, o falecimento de minha mãe. Fui para São Paulo dois meses depois, participar de um retiro de sacerdotes. Era um encontro de silêncio e muita reflexão, em que iríamos trabalhar a nossa historia de vida. Na verdade, era um retiro de cura interior, graças a Deus! Como eu estava precisando fazer silêncio para digerir tudo que tinha vivido nos últimos meses! Mas eu não conseguia entrar na dinâmica do retiro, porque estava muito agitado e com muitas dores de estômago e de cabeça. Já eram sintomas de uma perda mal vivida, eram sintomas patológicos de algo que estava se passando em minha alma, em meu coração, a dor da perda, da ruptura... Não tinha ainda vivido, de verdade, o luto de minha mãe. Isso tudo eu descobri no primeiro atendimento, quando minha acompanhadora conversou e orou por mim. Foi um atendimento libertador, tanto espiritual como psicológico, pois estava com duas situações. Mas ela detectou que eu ainda não tinha vivido o luto, a ruptura, eu ainda estava e tinha o direito de estar de luto pela perda de minha mãe.
Espiritualmente, eu me preparei, entendi e vivi a esperança da ressurreição, mas o meu psicológico, emocional e também o físico estavam reclamando. Ela me dizia: "O senhor está de luto, tem o direito de chorar, de querer ficar só, de querer o silêncio, é normal. Precisa aceitar que teve uma grande perda, um vínculo afetivo fortíssimo que é a mãe. A psicologia diz que é necessário dois ou três anos para você se recuperar totalmente da perda, da ruptura de alguém tão próximo como pai, mãe, irmão, esposo (a). E quando o vínculo afetivo é intenso e verdadeiro, o processo é longo, é preciso assumir e respeitar com muita paciência”. O meu corpo não estava preparado para aquilo, pois, muitas vezes, fazemos essa separação e nos esquecemos de que a nossa pessoa é um todo. Daí, podem ocorrer algumas enfermidades patológicas por somatização, pois não me permiti sofrer, chorar e sentir psicologicamente a dor da ruptura, da perda.

Corre-se um grande risco de negar os sentimentos de decepção, de raiva, de não aceitação da morte. Isso gera dentro da pessoa um processo de revolta consigo e com Deus, de falta de perdão. O nosso corpo será o último a pedir socorro, a sofrer e a manifestar em pequenas e grandes enfermidades; era o que eu estava sentindo no estômago e na cabeça.
Se você perdeu alguém ou teve uma grande ruptura na sua vida, é preciso realizar um processo de aceitação e relacionar-se com essa perda, com a dor da morte. Alguns passos para retomar o processo para viver bem as perdas e o luto:

1º - Assumir que você tem direito de estar de luto, de chorar, de querer se recolher, de sentir a dor da ruptura. Não tente mascarar a realidade e os seus sentimentos. Isso é natural, querer fugir disso é problema na certa;

2º - Dar nome aos seus sentimentos: dor, saudade, decepção, revolta; pois você esperava outra coisa e até um milagre, a recuperação, a reconciliação;

3º - Perdoar e reconciliar-se com todas as situações que envolveram essa perda: perdoar a pessoa que faleceu, por ela ter ido desta forma tão cedo, por ter se separado de você, por não ter se despedido etc. Perdoar Deus por ter permitido essa morte ou essa perda, por não ter realizado o que você tanto pediu. Perdoar as pessoas que estavam vivendo com você este momento, médicos, parentes, instituições. Perdoar a si mesmo por ter se exposto, por não aceitar o processo natural e não se permitir sofrer.

4º - Tomar consciência de que Deus está no controle de todas as coisas. O desejo dEle não é a morte nem o sofrimento humano, mas acontece no “tempo de Deus”, pois Ele sabe o que é melhor para nós. A providência é a sabedoria de Deus que rege todas as coisas, a visão dEle não é limitada como a nossa. Deus não erra e sempre nos vê com amor!

5º - Guardar uma verdadeira imagem da pessoa que se perdeu. Quando se perde alguém, é costume preservar a imagem da pessoa, mas o exagero da memória de quem morreu ou foi embora não nos ajuda a recuperar o luto, a perda. Por isso, é essencial guardar a verdade das pessoas, as qualidades e os defeitos. Não é só porque morreu, que se tornou santo: “Ah, fulano era tão santinho! Só tinha alguns defeitinhos de nada!”.

“Ao vê-la chorar assim, como também todos os judeus que a acompanhavam, Jesus ficou intensamente comovido em espírito. E, sob o impulso de profunda emoção, perguntou: 'onde o pusestes?'. Responderam-lhe: 'Senhor vinde ver'. Jesus pôs-se a chorar. Observaram por isso os judeus: 'Vede como ele o amava!'” (Cf. Jo 11,1-45).
Neste episódio da morte do amigo Lázaro, Jesus manifesta seus sentimentos por ele e por suas irmãs Marta e Maria. Viver bem e sem mascarar nenhum sentimento ou momento que possamos estar vivendo, enxergar-se como parte de um todo e não como o centro de tudo. Reconciliar-se com você mesmo e com toda a sua história, como uma grande história da iniciativa amorosa de Deus. Harmonizar corpo, alma, psíquico e espírito; isto é viver com sabedoria.

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11,25).
Oração: Senhor Jesus, também sofrestes perdas e luto. Ajuda-me com o Seu Santo Espírito a viver bem e com equilíbrio todas as etapas de minha vida, os lutos e as perdas que tenho tido na minha caminhada. Ensina-me a perdoar e a pedir perdão, a ser desapegado das coisas e das pessoas. Que eu viva intensamente o amor nos meus relacionamentos e que não deixe para trás nada sem resolver. Nossa Senhora do Equilíbrio, caminhai comigo e rogai por nós. 

Fonte: CNformação

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A celebração da festa de todos os Santos


No dia 1º de novembro, a Igreja celebra a festa de Todos os Santos. Segundo a tradição, ela foi colocada neste dia, logo após 31 de outubro, porque que os celtas ingleses - pagãos -, celebravam as bruxas e os espíritos que vinham se alimentar e assustar as pessoas nesta noite (Halloween).
Nesse dia, a Igreja militante (que luta na Terra) honra a Igreja triunfante do Céu “celebrando, numa única solenidade, todos os Santos” – como diz o sacerdote na oração da Missa – para render homenagem àquela multidão de Santos que povoam o Reino dos Céus, que São João viu no Apocalipse: “Ouvi, então, o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel. Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão". "Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro.” (Ap 7,4-14)
Esta imensa multidão de 144 mil, que está diante do Cordeiro, compreende todos os servos de Deus, aos quais a Igreja canonizou através da decisão infalível de algum Papa, e todos aqueles, incontáveis, que conseguiram a salvação, e que desfrutam da visão beatífica de Deus. Lá “eles intercedem por nós sem cessar”, diz uma de nossas Orações Eucarísticas. Por isso, a Igreja recomenda que os pais ponham nomes de Santos em seus filhos.
Esses 144 mil significam uma grande multidão (12 x 12 x 1000). O número doze e o número mil significavam para os judeus antigos plenitude, perfeição e abundância; não é um valor meramente aritmético, mas simbólico. A Igreja já canonizou mais de 20 mil santos, mas há muito mais que isto no Céu. No livro 'Relação dos Santos e Beatos da Igreja', eu pude relacionar, de várias fontes, quase 5mil dos mais importantes; e os coloquei em ordem alfabética.
A "Lúmen Gentium" do Vaticano II lembra que: "Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49) (§956).
Na hora da morte, São Domingos de Gusmão dizia a seus frades: “Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida”. E Santa Teresinha confirmava este ensino dizendo: “Passarei meu céu fazendo bem na terra”.
O nosso Catecismo diz que: “Na oração, a Igreja peregrina é associada à dos santos, cuja intercessão solicita” (§2692).
A marca dos santos são as bem–aventuranças que Jesus proclamou no Sermão da Montanha; por isso, este trecho do Evangelho de São Mateus (5,1ss) é lido nesta Missa. Os santos viveram todas as virtudes e, por isso, são exemplos de como seguir Jesus Cristo. Deus prometeu dar a eterna bem-aventurança aos pobres no espírito, aos mansos, aos que sofrem e aos que têm fome e sede de justiça, aos misericordiosos, aos puros de coração, aos pacíficos, aos perseguidos por causa da justiça e a todos os que recebem o ultraje da calúnia, da maledicência, da ofensa pública e da humilhação.
Esta 'Solenidade de Todos os Santos' vem do século IV. Em Antioquia, celebrava-se uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI, e cem anos após era fixada no dia 13 de maio pelo papa Bonifácio IV, em concomitância com o dia da dedicação do “Panteon” dos deuses romanos a Nossa Senhora e a todos os mártires. No ano de 835, esta celebração foi transferida pelo papa Gregório IV para 1º de novembro.
Cada um de nós é chamado a ser santo. Disse o Concilio Vaticano II que: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (Lg 40). Todos são chamados à santidade: “Deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48): “Com o fim de conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (…) cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na história da Igreja pela vida de tantos santos” (LG 40).
O caminho da perfeição passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual (cf. 2Tm 4). O progresso espiritual da oração, mortificação, vida sacramental, meditação, luta contra si mesmo; é isto que nos leva gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças. Disse São Gregório de Nissa (†340) que: “Aquele que vai subindo jamais cessa de ir progredindo de começo em começo por começos que não têm fim. Aquele que sobe jamais cessa de desejar aquilo que já conhece” (Hom. in Cant. 8). 
Fonte: CNformação