Dia 16 de setembro de 2012
Evangelho segundo S. Marcos 8,27-35.
Início
do Evangelho de Jesus, O Messias e Filho de Deus (Mc 1,1). Assim é aberto para nós o Evangelho de Marcos. Ao longo de todo o seu relato, Marcos vai
fortalecendo esta afirmação de seu primeiro versículo. Para isto, o seu
Evangelho está dividido basicamente em duas partes. A primeira delas explora a
afirmação de que Jesus é o Messias, o Ungido! A segunda parte apresenta Jesus
como o Filho de Deus e está afirmação é feita por um pagão (15,39). Cumpre-se
assim toda a estrutura da Revelação da Palavra de Deus, que brota do mundo
hebreu e se estende aos confins da terra.
Neste
domingo, o Evangelho nos insere no contexto da conclusão da primeira parte do
Evangelho de Marcos e mais uma vez, poderemos perceber uma dupla finalidade do
Evangelho neste relato: primeiro o debate acerca da identidade de Jesus e
depois uma apresentação da identidade dos discípulos. Todavia, antes de falar
sobre a identidade de Jesus, o relato nos coloca diante de um desafio: perceber
o que o mundo no qual vivemos tem a dizer sobre Jesus. Esta atenção ao mundo é necessária se
quisermos despertar o desejo de que mais e mais pessoas façam um encontro
verdadeiro com a Palavra de Deus que é capaz de mudar vidas e renovar
esperanças.
A
pergunta de Jesus aos Discípulos é feita no caminho. Já aqui temos um dado
significativo, o caminho como símbolo da existência e mais profundamente, da
existência cristã, já que este era um dos primeiros nomes do movimento de
Jesus. Em nosso contexto de Igreja, devemos estar atentos aos que vão passando
por nosso caminho, cada um com uma expectativa e também uma visão sobre Jesus.
Todas as respostas dadas pelo povo colocam Jesus no âmbito da Profecia. Dois
profetas são destacados: João Batista, o anunciador da necessidade de
conversão, rejeitado e perseguido, injustamente assassinado. E Elias, o profeta
que enfrentou as divindades pagãs e por fim, arrebatado aos céus, anunciado
como profeta que antecede a vinda do Messias.
Depois
de ouvir o que os de fora pensam sobre ele, Jesus deseja saber o que os seus
discípulos pensam. É a conclusão de uma etapa que passou de um momento de
entusiasmo dos seus seguidores para uma crise tanto nos seguidores quanto nas
autoridades religiosas. É um auto exame de consciência para aqueles que com ele
caminharam até então.
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