sábado, 29 de maio de 2010

Pra você!

Santíssima Trindade

Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo


O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou este mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e d'Ele mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada. Santo Agostinho (†430) dizia que: “O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47).
Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.

A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).

A Profissão de Fé do Papa Dâmaso, diz: “Deus é único, mas não solitário” (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804).

A Igreja ensina que as pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras:

“Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três pessoas considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância” (XI Conc. Toledo, DS 675). “Tudo é uno [neles] lá onde não se encontra a oposição de relação” (Conc. Florença, em 1442, DS 1330). “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).

Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o Teólogo”, explicava: “Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe... A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro... Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).

O primeiro catecismo chamado Didaqué, do ano 90 dizia: "No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Didaqué 7,1-3).

São Clemente de Roma, papa no ano 96, ensinava: "Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça" (Carta aos Coríntios 46,6). "Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo" (Carta aos Coríntios 58,2).

Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, dizia: "Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda" (Carta aos Efésios 9,1).

"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos, para que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual" (Carta aos Magnésios 13,1-2).

São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano Antonino Pio: "Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos" (I Apologia 61).

São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de S. João evangelista, mártir no ano 156, disse: "Eu te louvo, Deus da Verdade, te bendigo, te glorifico por teu Filho Jesus Cristo, nosso eterno e Sumo Sacerdote no céu; por Ele, com Ele e o Espírito Santo, glória seja dada a ti, agora e nos séculos futuros! Amém." ( Martírio de Policarpo 14,1-3).

Teófilo de Antioquia, ano 181: "Igualmente os três dias que precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus [=Pai], de seu Verbo [=Filho] e de sua Sabedoria [=Espírito Santo]" (Segundo Livro a Autólico 15,3).

S. Irineu de Lião, ano 189: "Com efeito, a Igreja espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus..." (Contra as Heresias I,10,1).

"Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto dele antes de toda a criação" (Contra as Heresias IV,20,4).

Tertuliano, escritor romano cristão, no ano 210: "Foi estabelecida a lei de batizar e prescrita a fórmula: 'Ide, ensinai os povos batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo'" (Do Batismo 13).

E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:
"Cremos... em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. [...] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas" (Credo de Nicéia).

terça-feira, 25 de maio de 2010

Um amor eterno

O amor só pode ser eterno à medida que vivermos a conquista do outro todos os dias. E isso só a partir do momento em que o amor de Deus incendiar a nossa vida. Nós só podemos ser livres quando temos dono, mas um dono que nos administre para o amor e para a liberdade. O meu Dono [Deus] me ama, tem apreço por mim! Não vai me sugerir nada que vá me fazer mal, porque Seu dom é amor. Ele não escraviza ninguém.

Para ter fogo é preciso ter lenha. Deus é o fogo. Nós precisamos ser essa lenha onde o Senhor queime. O Todo-poderoso não faz milagres para mostrar o Seu poder apenas, mas todas as manifestações do Senhor são para conquistar o coração que está ali. Ele assim fez com Moisés. A conquista vem por intermédio de coisas bonitas. Se você vai receber amigos, você oferece o melhor. Busca um jeito de manifestar o amor. É isso que Deus fez com esse profeta.

O "bonito" não se limita a um atrativo estético, interior. É você perceber algo a mais. É descobrir que alguma coisa daquela beleza supera as suas formas. É algo maior que me chama, que fala de mim, como se aquela beleza fosse algo que me faltasse. O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente. No meio de tanta gente, alguém se torna especial para você e você se aproxima. O amor é essa capacidade de retirar alguém da multidão, tirá-lo do lugar comum para um lugar dedicado, especial. Alguém descobriu uma sacralidade em você.

Amar é você começar a descobrir que, numa multidão, alguém não é multidão. Quando alguém se aproximou de você foi porque você gerou um encanto nessa pessoa. O outro se sentiu melhor quando se aproximou de você. A beleza da totalidade que você tem faz o outro melhor. A primeira coisa que o amor esponsal e conjugal cura são as orfandades que a vida nos colocou.

Não acredito em um casamento que não tem Deus na sua história. Como o seu marido vai reconhecer a sacralidade do seu coração se ele não traz a consciência de todo o sagrado que você é? O amor, quando não é amor, vira competição, disputa. Por isso o amor que é iniciado e mantido em Deus será sempre um amor de promoção do outro.

O casamento é um encantamento pelo outro, o qual vai ganhando sentido quando o vou conhecendo. Assim, todos os dias você precisa se aproximar do outro e descobrir o motivo para continuar o respeito e a alegria de estar diante daquela, que é sua ajuda adequada.

Casamento em que o outro é opressão, não é amor. O amor leva para o alto! Se vocês não se promovem mais significa que vocês estão esquecendo a vocação primeira do matrimônio: o de acender o fogo do amor, da dignidade e da felicidade do outro.

Padre Fábio de Melo

Por que as crianças e os inocentes sofrem?

"Muitas vezes, um inocente morre por causa de um pecador!"

Muitos perguntam por que as crianças, tão inocentes, sofrem e se Deus não estaria sendo injusto por permitir isso.
Deus não pode ser injusto, senão não seria Deus. As crianças e os inocentes sofrem porque participam da dignidade humana e compartilham a sorte da humanidade. Não é preciso inventar teorias complicadas para explicar o sofrimento; nem mesmo culpar a Deus pelo erro que é nosso.

O Todo-poderoso não interfere no sofrimento da criança, fazendo milagres para impedir o mal a todo instante, a fim de não destruir a ordem natural que Ele mesmo criou. O Senhor não quis fazer o homem e o mundo como um teatro de marionetes, teleguiado por Ele, não. Ele lhe impôs leis que regulam a vida e a natureza.

Em consequência do pecado, o sofrimento e a morte fazem parte da história de todos os homens, inocentes ou pecadores. Muitas vezes, um inocente morre por causa de um pecador. Os acidentes das estradas comprovam isso todos os dias; e ninguém pode culpar ao Senhor por isso, mas sim, aos verdadeiros culpados, que são os maus.

São Paulo ensina que "o salário do pecado é a morte" (cf. Rm 6,23); e esta pode atingir a todos, inocentes e culpados, porque a humanidade é solidária; é unida. Cada pecado atinge todos os homens; assim como cada ato bom também os atinge.

A fé ensina que Deus Pai, pelo sofrimento redentor de Jesus Cristo, resgatará todo sofrimento da criança inocente e fará cada uma ressuscitar um dia com Cristo.

Não devemos nos esquecer de que os primeiros mártires da Igreja são os inocentes que morreram pelas mãos de Herodes, em Belém (cf. Jr 31,15). Hoje são santos mártires da Igreja. O sofrimento destes não foi em vão. Não podemos olhar os fatos só com os olhos deste mundo; é preciso vê-los à luz da fé.

A Paixão e Morte de Jesus Cristo resgatou o mundo. Ouvi uma história muito bela que não sei se é verídica, mas que nos faz pensar.

Em algumas cidades americanas há aquelas pontes sobre um largo rio, formadas por duas partes que se abrem e levantam quando passam sob elas os navios. Havia uma dessas construções, que além de tudo, continha uma estrada de ferro sobre ela. Um homem a operava. Quando vinha o trem ele baixava a ponte para este passar, quando vinha um navio, ele a levantava comandando máquinas e engrenagens enormes, que ficavam sob os seus pés. Certo dia, o seu filho, pequeno, foi visitá-lo, com uma bola nas mãos. Ao brincar com esse objeto, este escapou-lhe e caiu lá no meio das engrenagens. Logo o garoto desceu os degraus para pegar a bola, sem que o pai pudesse impedi-lo, e se meteu no meio das grandes engrenagens. E eis que o trem estava vindo; e ele teria de baixar logo a ponte sabendo que o filho estava lá em baixo correndo risco. Gritou, desesperado, para que o filho deixasse a bola e subisse, mas este não o ouvia. Eis que o trem se aproximava rápido, e o homem sentiu que não teria tempo de ir buscar o garoto antes de o trem passar... Ficou com o coração na mão... O dilema era enorme: se baixasse a ponte as engrenagens matariam o seu filho, se não a baixasse seria uma enorme tragédia e muitas pessoas pereceriam no acidente. Não teve alternativa, com o coração sangrando e os olhos cheios de lágrimas, baixou a ponte... o trem passou, e as pessoas, como faziam de costume, lhe abanavam os lenços e lhe davam adeus e sorrisos...

O Pai entregou Jesus por nós assim... Ainda duvidaremos do Seu amor? Por isso, diante da dor e da morte, mesmo de uma criança inocente, façamos silêncio e jamais ousemos culpar a Deus; não somos dignos nem capazes de compreender os Seus santos desígnios. É melhor não crer em Deus do que crer em um Deus que seja malvado.


Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Não dá mais!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

DONS DO ESPIRITO SANTO: Dom da Inteligência

DOM DA INTELIGÊNCIA

“Sabemos que aquele que nasceu de Deus não peca; mas o que é gerado de Deus se acautela, e o maligno não o toca. Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o maligno. Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. (1 Jo 5,18-20).

Vinde, Espírito de Inteligência! Iluminai a minha mente Para que entenda e abrace todos os mistérios da fé e mereça alcançar um pleno conhecimento Vosso, do Pai e do Filho.

Oração: Ó Deus, concedei-nos o Dom do Entendimento, para que pela luz celeste de vossa graça, bem entendamos as sublimes verdades da salvação e a doutrina da santa religião. Por Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo.

DONS DO ESPIRITO SANTO: Dom da Sabedoria

DOM DA SABEDORIA

“Mal podemos compreender o que está sobre a terra, dificilmente encontramos o que temos ao alcance da mão. Quem, portanto, pode descobrir o que se passa no céu? E quem conhece vossas intenções, se vós não lhe dais a Sabedoria, e se do mais alto dos céus vós não lhe enviais vosso Espírito Santo? Assim se tornaram direitas as veredas dos que estão na terra; os homens aprenderam as coisas que vos agradam e pela sabedoria foram salvos” (Cf. Sb 9,16-18).

Vinde, Espírito de sabedoria! Instruí o meu coração para que eu saiba estimar os bens celestes e antepô-los a todos os bens da terra.

Oração: Ó Deus Todo-poderoso, concedei-nos o Dom da Sabedoria, a fim de que cada vez mais gostemos das coisas divinas e, abrasados no fogo do vosso amor, prefiramos com alegria as coisas do céu a tudo que é mundano e nos unamos para sempre a Jesus, sofrendo tudo neste mundo por amor. Por Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo.

NOVO PENTECOSTES:Entronização ao Espirito e aos seus Dons


Ao receber o Espírito Santo não devemos monopolizá-Lo, Ele não é um Dom somente para nós, nem somente para a Igreja, Ele é um DOM para todos. O Espírito Santo que nós recebemos e juntamente com Ele os Dons e Carismas, que são manifestações d'Ele, são para que imediatamente nós nos coloquemos a serviço, a serviço da Igreja e dos irmãos. Por isso, a experiência com o Paráclito aconteceu em comunidade, nunca com uma pessoa sozinha, pois Ele é o animador e santificador da comunidade dos cristãos, da Igreja. É impossível fazer uma experiência com o Espírito de Deus fora da comunidade, esse foi o ambiente escolhido pelo Pai e por Jesus, é o ambiente adequado para que Ele [Espírito Santo] venha e nos faça irmãos, servos e testemunhas do Evangelho.

Nós não somos monopolizadores do Espírito, somos "difusores" d'Ele. Por isso, o recebimento do Espírito Santo só é autêntico para quem se coloca a serviço, este, sim, O recebeu e O dá de maneira abundante, como o fez Jesus, como o fez Maria e os apóstolos. Não seja monopolizador do Espírito, eu não sou “a pessoa inspirada”, “o inteligente”, “o cheio de dons”, não! É possível reconhecer se somos cheios do Espírito Santo quando nos colocamos a serviço dos irmãos, aí vamos dar provas de que somos pessoas conduzidas por Ele.

É hora de intensificarmos nosso pedido: Vinde, Espírito Santo! Vinde sobre nós pessoalmente. Vinde sobre toda a Igreja. Vinde sobre toda a cristandade. Nesta semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, vinde sobre nós católicos, sobre os ortodoxos, sobre os evangélicos. Vinde sobre a humanidade inteira. Rezemos clamando nestes dias de preparação para a Solenidade de Pentecostes pelos sete dons do Espírito de Deus: SABEDORIA, INTELIGÊNCIA, CONSELHO, FORTALEZA, CIÊNCIA, PIEDADE E TEMOR DE DEUS

Intensifiquemos o nosso clamor: Vinde, Espírito Santo!


Chegar à Solenidade de Pentecostes é celebrar a plenitude da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sua vitória sobre o pecado e a morte, ao vir sobre a Igreja reunida se cumpre à promessa de Jesus: “Ao tomar a refeição com eles, deu-lhes esta ordem: 'Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual me ouvistes falar, quando eu disse: 'João batizou com água; vós, porém, dentro de poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo'" (cf. Atos 1,4-5). Quando o Espírito Santo vem sobre a Igreja reunida com Maria e os Apóstolos, ela vive no seu nascimento, na Solenidade de Pentecostes, a plenitude da Páscoa, que os fez testemunhas da vida nova, e isso pode acontecer hoje comigo e com você.

Igreja em Portugal lamenta aprovação do casamento homossexual

A decisão do Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, de promulgar a lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo é "um passo atrás na construção da coesão social, ao contrariar um dos princípios mais consolidados das várias civilizações da humanidade", diz o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Pe. Manuel Morujão.
Numa declaração emitida nesta segunda-feira, 17, após o anúncio feito por Cavaco Silva, o padre sublinha que " no passado dia 13 de maio, em Fátima, o Papa Bento XVI relembrou que a família está fundada na união de amor entre um homem e uma mulher, e que protegê-la é um dos fatores fundamentais da construção do bem comum".
A Assembleia da República aprovou, em fevereiro, uma lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

O Presidente Cavaco Silva, anunciou a promulgação da lei, tendo proferido uma declaração na qual lamenta que "não tenha havido vontade política para alcançar um consenso partidário alargado sobre uma matéria de tão grande melindre".

"Face à grave crise que o País atravessa e aos complexos desafios que tem à sua frente, importa promover a união dos portugueses e não dividi-los, adaptar uma estratégia de compromisso e não de ruptura", assinalou.
Para Cavaco Silva, "as forças partidárias que aprovaram a lei não quiseram ponderar um princípio elementar da ação política numa sociedade plural: o de escolherem, dentre as várias soluções jurídicas, aquela que fosse susceptível de criar menos conflitualidade social ou aquela que pudesse ser aceita pelo maior número de cidadãos, fosse qual fosse a sua visão do mundo".

No mesmo sentido se pronunciou Dom Jorge Ortiga, presidente da CEP, lamentando que tenham sido colocadas de lado "outras soluções" para o casamento homossexual.
Em declarações à agência Lusa, o Arcebispo de Braga disse que deveriam ter sido adotadas outras soluções para a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo, ao invés da figura do casamento.

Comissão de Seguridade e Família aprova Estatuto do Nascituro

Em reunião que durou mais de quatro horas, marcada por argumentos contra e a favor da interrupção da gravidez, a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o substitutivo da deputada Solange Almeida (PMDB-RJ) ao Projeto de Lei 478/07, dos deputados Luiz Bassuma (PT-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), que cria o Estatuto do Nascituro. Em seu substitutivo, a deputada define que a vida começa na concepção. Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido. Este conceito inclui os seres humanos concebidos "in vitro", mesmo antes da transferência para o útero da mulher.

Casos de estupro
Por acordo entre os deputados da comissão, a deputada elaborou uma complementação de voto para ressaltar que o texto aprovado não altera o Artigo 128 do Código Penal, que autoriza o aborto praticado por médico em casos de estupro e de risco de vida para a mãe.

No caso de estupro, o substitutivo garante assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico para a mãe; e o direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe concorde. Identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, este será responsável por pensão alimentícia e, caso ele não seja identificado, o Estado será responsável pela pensão.

O projeto também garante ao nascituro sua inclusão nas políticas sociais públicas que permitam seu desenvolvimento sadio e harmonioso, e seu nascimento em condições dignas.
Ao nascituro com deficiência, o projeto garante todos os métodos terapêuticos e profiláticos existentes para reparar ou minimizar sua deficiência, haja ou não expectativa de sobrevida extra-uterina.

Direito à vida
Na avaliação dos autores da proposta, o Estatuto vai garantir ao nascituro direito à vida, à saúde, à honra, à integridade física, à alimentação, e à convivência familiar. O projeto original proíbe a manipulação, o congelamento, o descarte e o comércio de embriões humanos, com o único fim de serem suas células transplantadas para adultos doentes - práticas consideradas "atrocidades" pelos autores da proposta. O substitutivo retirou essa proibição.

Tramitação
A deputada rejeitou os projetos de lei 489/07 e 1763/07, apensados. O projeto será votado também pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Jovem deixa as drogas ao ver a alegria de apresentadores da TV CN


A vida de um jovem é transformada com a alegria dos missionários e apresentadores Cleto Coelho e Maria Renata, do Sistema Canção Nova de Comunicação, cuja sede fica em Cachoeira Paulista (SP). Mágoas e um vazio muito grande fizeram com que Juliano Santos fosse buscar uma vida de ilusão nas drogas. Sentindo-se abandonado e desacreditado por todos, ele acabou indo morar na rua. Apenas uma troca de canal foi o suficiente para que Deus entrasse na vida desse rapaz e ele pudesse conhecer – por intermédio dos apresentadores do Programa 'Juntos Somos Mais' – a alegria verdadeira que ele desejava para sua vida.

"Depois de descobrir que minha mãe estava vivendo uma vida muito desregrada aqui em São José dos Campos (SP) na área da prostituição e das drogas e até mesmo se deixando levar por coisas que nem valem a pena falar, isso foi trazendo uma mágoa muito grande em mim e o vazio começou a aumentar. E quando fui ver eu já estava bebendo e fumando com meus treze anos.

Eu queria viver a prostituição, queria mulher, queria droga, queria viver uma ilusão dentro de mim; foi quando eu comecei a usar muita maconha. Frequentemente meus primos me aconselhavam, mas, mesmo assim, eu queria usar drogas. Foi quando eles viram que eu não queria nada, meus tios e minha família desistiram de mim, todo o mundo desistiu de mim, até minha mãe que estava vivendo na prostituição desistiu de mim. Ninguém suportava ficar ao meu lado.
E aí veio a depressão. Eu comecei a ver que ninguém queria mais me ver, só as pessoas que se diziam minhas amigas: o pessoal da favela e os traficantes eram as pessoas em quem eu me refugiava. Eu sentava em um bar para tomar uma cerveja ou usar cocaína e via que a minha história era uma mentira.

No dia 13 de maio, Dia de Nossa Senhora de Fátima, eu descobri que meu avô, com quem eu tinha contato, tinha morrido. Eu me vi perdido, sem nada e comecei a morar na rua. Então eu falei: 'Deus, muda a minha história! Dá um rumo para a minha vida'. Foi na hora em que eu sentei na frente da televisão esperando alguma resposta de Deus, e o mais engraçado é que o canal da Canção Nova não pegava na minha casa. E naquela hora eu vi um homem simples, uma alegria dentro dele que eu queria para mim, eu via aqueles dois brincando na televisão, falando coisas que eu precisava escutar; hoje eu sei o nome deles: o Cleto e a Maria Renata. Naquela hora eu não sabia, só enxergava um Cristo muito grande dentro daqueles dois. Eu queria aquela alegria para mim. Foi naquela hora que eu tive o meu encontro com Deus, eu vi sair daquela televisão uma luz muito grande que eu não sei como explicar, uma luz plena, linda. E aí começou toda a mudança na minha vida. A Canção Nova, para mim, hoje, é própria boca de Cristo me falando".

Assista o testemunho na íntegra
http://clube.cancaonova.com/materia_.php?id=11653

terça-feira, 18 de maio de 2010

Como lidar com o estresse?


Esperar uma vida sem estresse é algo impossível

Podemos dizer que, na atualidade, é impossível passar um dia sem ouvir alguém nos falar que está muito estressado ou sem que falemos o mesmo para alguém. Mas o que é estresse e como lidar com ele?

A palavra "estresse" (stress, em inglês) significa "estar sob pressão" ou "estar sob a ação de estímulo persistente". Precisamos entender que esse estado emocional está intimamente relacionado com a busca de cada indivíduo de se adaptar e se ajustar aos estímulos internos e externos, por essa razão, contribui para a nossa sobrevivência. Trata-se, portanto, de um mecanismo normal necessário e benéfico ao organismo, fazendo com que fiquemos mais atentos e sensíveis diante de situações de perigo ou de dificuldades. Mesmo situações consideradas positivas e benéficas, – como é o caso das promoções profissionais, dos casamentos desejados, do nascimento de filhos, etc. –, podem produzi-lo.

O estresse pode, então, ser positivo ou patológico. O estresse positivo tem como principais características: aumento da vitalidade, manutenção do entusiasmo, do otimismo, da disposição física, do interesse, entre outros. Enquanto que o estresse patológico traz reações como: cansaço, irritabilidade, falta de concentração, depressão, pessimismo, queda da resistência imunológica, mau humor, entre outros.

Cada pessoa reage de forma diferente diante das situações da vida; da mesma forma, cada uma reage de forma diferente diante do estresse, variando de acordo com sua sensibilidade afetiva, segundo a "visão" que cada uma tem da realidade, da valolrização do passado ou das perspectivas do futuro. Esta “visão” depende grandemente de nosso psiquismo, do nosso sistema de valores e, até mesmo, da nossa hereditariedade. Quanto mais pessimista for a “visão” de realidade da pessoa, tanto maior será a tendência ao estresse patológico; por outro lado, quanto mais positiva esta for, tanto mais saudáveis serão os efeitos estressores.

Na verdade, esperar uma vida sem estresse é algo impossível, pois, fisiologicamente, equivaleria à morte. O importante não é uma vida sem situações estressantes, mas sim, saber administrá-las de modo melhor, buscando uma postura em que o estresse seja um acontecimento positivo e não um empecilho ao desempenho pessoal, à saúde e à felicidade.

Shakespeare dizia que "as coisas raramente são boas ou más, nosso pensamento é que as faz assim". Precisamos entender que o estresse sempre é determinado por razões subjetivas e pessoais e começa quando nós percebemos ou entendemos uma situação, uma pessoa, acontecimento ou objeto como sendo um fator estressante, de acordo com nossa interpretação subjetiva.

Para ajudar você a vivenciar os momentos estressantes de forma mais positiva, seguem algumas dicas:

Tente ser positivo
Não enxergue a vida de forma negativa, pessimista. Faça um balanço diário da sua existência, alegre-se com o que ela tem de bom. Procure ver algo de bom na situação, seja uma aprendizagem ou qualquer benefício secundário. Isso não é o mesmo que tapar o sol com a peneira, pelo contrário, este esforço nos faz ver a realidade com seus aspectos positivos e negativos.

Tente "utilizar-se" do estresse
Se você não consegue lutar contra algo que o está incomodando e não tem como fugir, aguente firme e tente usá-lo de uma maneira produtiva.

Olhe à sua volta
Veja se realmente existe alguma coisa que você possa mudar ou controlar na situação. Caso contrário, tenha paciência e dê tempo ao tempo. O tempo é nosso amigo em todas os momentos.

Não sobrecarregue a si mesmo
Tente priorizar um pequeno número de coisas realmente importantes e deixe o resto de lado; não fique se torturando por causa do seu trabalho inteiro. Cuide de cada tarefa conforme ela chega e trate das questões por meio de prioridades. Além disso, diante de uma sobrecarga de trabalho e de responsabilidade, faça um período de descanso.

Durma o suficiente
A falta do sono só agrava o estresse. Procure ter quantidade e qualidade adequadas de sono.
Livre-se gradualmente do estresse. Pratique atividades físicas, seja uma caminhada, seja tênis ou jardinagem. Além disso, faça coisas que você gosta e que o ajudam a relaxar; para isso, separe uma hora do seu dia para fazer uma atividade relaxante, como ouvir música ou ler um livro. Evite, também, levar para casa problemas relacionados ao trabalho; peça apoio à sua família, mas não a envolva em problemas.


Manuela Melo
psicologia@cancaonova.com
Missionária da Comunidade Canção Nova,
formada em Psicologia, com especialização
em Logoterapia e MBA em Gestão de Recursos Humanos.

PENTECOSTES PESSOAL: A graça que nos leva a renascer com a Igreja!


Neste Domingo de Pentecostes a Igreja Católica comemora o seu nascimento, a partir do cumprimento daquela promessa do Pai, como recordou o Ressuscitado no dia da Ascensão - celebrado neste 1º de junho: “que ouvistes, disse ele, da minha boca; porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias” (Atos 1,4s).

Prefigurada no Antigo Testamento pela inspiração do Espírito (cf.Gn 7-8); concebida com o seu Fundador no seio da Santa Maria por ação do Espírito (cf.Lc 1); gerada no Espírito na convocação dos Doze (cf.Mc 3); confirmada como propriedade do Senhor ( cf.Mt 16); esta Igreja de Cristo que subsiste na Igreja Católica (cf.Catecismo da Igreja Católica nº 811-870), só podia “vir à luz” pela ação poderosa do mesmo Espírito Santo, que no rio Jordão ungiu a Cabeça (cf.Jo 1), e inaugurou sua Missão e agora unge o Corpo Místico de Cristo (cf. Atos 2) e assim inaugura na “Festa de Pentecostes” a vida pública da Igreja.

Partilho - na minha experiência - que diante deste itinerário da Igreja, não acredito que o cristão consiga ser Igreja de Cristo neste Novo Milênio, sem que tenha a constante experiência do batismo no Espírito Santo.

Esta certeza, começou a ser construída a partir do meu “Pentecostes pessoal” que ocorreu inicialmente em fevereiro do ano de 1993, sem o qual seria impossível eu estar hoje escrevendo sobre a Festa Litúrgica de Pentecostes.

Aconteceu que eu já havia tido um encontro pessoal com Jesus, e por isso, comecei a ter esperança em uma vida jovem e feliz que não precisasse depender da soberba, da sensualidade e do apego às criaturas e às minhas coisas. Foi no auge da minha adolescência, quando fui participar de um ‘ Seminário de Vida no Espírito’, promovido pela Renovação Carismática Católica de Apiaí, cidadezinha do interior do Estado de São Paulo, onde os meus pais ainda moram, graças a Deus. Quando num determinado dia eu ouvi falar do derramamento do Espírito Santo. Confesso que não entendi direito o que seria o batismo no Espírito Santo, como talvez você ainda não entenda! Mas, o meu interior gritou para Deus: “Ou o Senhor me dá isto, ou vou voltar na minha vida velha!”

Garanto para você que não foi uma oração de quem estava colocando Deus na parede. Não! Era a oração de quem havia um dia se encontrado com Jesus, mas se via tão pesado, a ponto de estar – não seguindo – mas se rastejando e – naquele momento da minha vida quase sem forças para seguir Jesus, como Igreja.

Entrei na fila para receber a oração, e em meio às lágrimas interiores e exteriores eu me ajoelhei diante de uma senhora que – para mim, representando Nossa Senhora – a qual tocou em minha cabeça e, em silêncio, foi instrumento daquela maravilhosa efusão do Espírito Santo em minha vida. Pentecostes pessoal! Experimentado! Sentido! E acompanhado, além dos Carismas, da certeza que: Agora sim! Em pé, vou correndo atrás de Cristo!

Neste tempo eu nem pensava em ser padre, mas se hoje eu sou Sacerdote do Altíssimo da Igreja Católica, é porque eu apenas deixei que a Promessa do Pai se cumprisse naquele momento!

E hoje, o Padre Fernando não tem problemas, tentações e más inclinações por causa do derramamento do Espírito? É graça e não mágica! Mas hoje, eu sei e creio como Igreja, mesmo ainda sem entender tudo, que o evento de Pentecostes não é para ficar limitado a um lindo dia, mas no dia, e em todos os dias da minha vida o Ressuscitado está desejoso de me fazer renascer pelo poder do Espírito Santo!

Eu contei tudo isto, por causa de você! Porque imagino que você tenha também desafios para conseguir ser Igreja neste Novo Milênio. Deus sabe! Maria intercede! É só pedir! Não sei? Peça ajuda! Já recebi e estou recebendo! Que bom, então testemunhe esta ajuda: o Pentecostes pessoal!

Padre Fernando Santamaria - Comunidade Canção Nova

Pentecostes: Sonho e Realidade


Mais do que nunca, é urgente um novo Pentecostes

A descrição de Pentecostes, feita por Lucas, tem uma forte conotação de utopia. A cena coloca em Jerusalém habitantes de todo o mundo conhecido naquele tempo. Em contraste com Babel, onde o desentendimento tinha levado para a confusão e a dispersão, Pentecostes faz com que todos os povos se entendam, tornando a diversidade de línguas e de culturas um motivo de encanto e de reconhecimento da ação do Espírito de Deus, que a todos unia na mesma compreensão.

Assim começava a Igreja: projetando à sua frente o sonho de Jesus.

Um grande projeto começa sempre com uma utopia. Ela precisa anteceder a realidade, para fundar a esperança de realizá-la ao longo da história. Hoje estamos necessitados de recuperar nossas utopias. No dia de Pentecostes, Jerusalém foi sacudida por um forte choque de otimismo. Ao contrário disto, neste começo de novo milênio, estamos sendo atingidos por sucessivas ondas de pessimismo, que vão abalando nossas utopias.

Jesus tinha sonhado com a unidade de todos os seus discípulos na mesma fé. “Que todos sejam um, como nós somos um', tinha rezado a seu Pai. Ao contrário disto, hoje os próprios cristãos encarnam a imagem da divisão. As estatísticas contabilizam mais de mil denominações diferentes no Brasil. Coincidindo com a semana de Pentecostes, nestes dias recordamos os quarenta anos de falecimento de João 23. Foi o papa que reacendeu as esperanças de paz no mundo e de entendimento entre os cristãos. Ele insistia na idéia de que era preciso um novo Pentecostes para a humanidade de nossos dias.

Que é feito do sonho de João 23? Para realizá-lo, ele convocou o Concílio, que suscitou um grande entusiasmo de renovação da Igreja. Esta utopia foi acolhida com intensidade aqui, na América Latina, sobretudo com as conferências de Medellín e de Puebla. Mas, lentamente foi se alastrando o pessimismo. Em lugar do diálogo e da abertura para a acolhida do diferente, vai predominando a afirmação da própria identidade em torno de pontos periféricos que acabam acirrando antigas divisões.

Foi João 23 que escreveu a “Pacem in Terris”, um forte e convincente chamado para a paz entre as nações. Foi assim que se superou a crise dos mísseis em Cuba, e se firmou o clima de distensão, que parecia ter exorcizado a guerra para sempre.

Mas, de repente, o início do novo milênio foi violentamente atingido pelo retorno da guerra como instrumento da política. Cabeças pequenas e mentes mesquinhas tiveram o desembaraço de usar armas sofisticadas para realizar outros sonhos, marcados pelo cinismo da mentira e pela ambição do lucro. Diante deste poderio bélico, o mundo se sente impotente e frustrado.
Também no Brasil, o pessimismo está derrotando a utopia. A violência, a droga, o desemprego, os juros, vão contrapondo uma carga pesada, que vai diluindo o sonho que o povo brasileiro encarnou na pessoa do Presidente. O desencanto ameaça a esperança. Mais do que nunca, é urgente um novo Pentecostes. A situação está mal. Mas é preciso sustentar a esperança de um mundo diferente, que o Espírito de Deus torna possível.

D. Demétrio Valentini

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um amigo verdadeiro nos conduz para o céu

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). É desta forma que Jesus expressa a beleza e a grandeza do dom da amizade, cuja fonte é o próprio Deus, e dela podemos beber sempre porque jamais se esgotará.
O amigo por excelência que todos nós precisamos ter é Jesus, e o maravilhoso é que Ele nos considera seus amigos. Todas as outras amizades devem ser por causa d’Ele. A amizade tem a sua origem no céu; é um dom que nasce do coração de Deus. Um verdadeiro amigo tem uma forte influência na nossa vida, a ponto de certas coisas na nossa vida nem a nossa família consegue ajudar-nos a mudar, mas o amigo consegue.

Peçamos hoje a Jesus a graça de vivermos na sua amizade.
Jesus, eu confio em vós!

Drogas: Os Riscos que podemos correr.


Caro(a) usuário(a), quero que vocês me ouçam antes

Caro(a) usuário(a), quero que vocês me ouçam antes de fazer uso de mim.
Quero que vocês me conheçam, que saibam quem sou, o que faço, como me comporto dentro das pessoas e como irá se sentir depois de seu contato comigo.
Eu não tenho nome certo, nem sobrenome, sou batizado a toda hora e a todo instante por aqueles que me usam.
Não tenho amigos, pois consigo destruir todos aqueles que se aproximam de mim.
Quando não o faço completamente, os deixo sem sentimentos, sem coração e sem pensamentos.
Os que me tomam como companheiro são aqueles de coração amargurado, abandonado por todos, aqueles que se sentem sós, os que procuram em mim uma fuga ilusória e dolorosa...

Um dos meus contatos preferidos são as veias. Através delas eu consigo mergulhar em seu sangue, que me levará a uma viagem por todo seu corpo.
Atravesso seus membros e artérias, passo pelo sistema nervoso, deixando aí minha marca.
Enquanto eu passeio, você vive as ilusões. Consigo atingir o cérebro e aí a minha marca é mais forte, pois no cérebro vou roubar seu pensamento, memória e razão.

Por mim, descerei até o coração e você saberá quem sou realmente. Aliás, nem haverá tempo para isto, pois já estará morto.
Pronto, já lhe contei a minha história. Se quiser a minha ajuda, procure-me. Estou pronto para tirar sua paz, sua liberdade e sua vida.


Atenciosamente, A droga

Irmã Maria Eugênia da Silva
Jornal - 'MISSÃO JOVEM'

ATENÇÃO: Drogas; liberdade ou escravidão?

"As drogas não trazem a morte... Elas são a morte!"
Droga é tudo aquilo que priva da vida. As drogas não trazem a morte. Elas são a morte. Uma vez ouvi alguém dizer que o pior não é a morte, mas sim a morte que experimentamos em vida. É isso que fazem a maconha, cocaína, cigarro, álcool e afins, e mesmo outras coisas, como a sexualidade desregrada, a novela, remédios, anabolizantes, etc. Vende-se um ideal de falsa alegria ou falsa paz, que bem devagar vão desgastando o sujeito, impedindo-o de se conhecer, de desfrutar as possibilidades que a vida oferece, enfim, vai matando a esperança. E há tanto a esperar da vida! Mas usamos as dificuldades, os conflitos como desculpas por um modo de vida “mais fácil”. Trocamos nossa liberdade por comodidades. Pior ainda é quando se abre mão dessa liberdade apenas por uma mera curiosidade.

Mas como se perde essa liberdade? Quantas vezes, usando drogas, você perdeu a oportunidade de descobrir aquilo que realmente te faria escolher teu caminho: tua força, tua capacidade, teu potencial? Quantas vezes você deixou sua vida ser decidida por aqueles que alimentam seus vícios? Quantas vezes mudamos nossa rotina, ou prejudicamos nossos contatos afetivos por causa do horário de uma novela, ou da necessidade de fumar um cigarro? Quem está decidindo a sua vida? As coisas que você faz são dirigidas a uma meta, a se tornar uma pessoa melhor a cada dia, ou você se deixa levar pela “fissura”, pelo efeito que a droga produz?
A incapacidade de fazer escolhas, e conseqüentemente de controlar o que se faz, te torna uma pessoa compulsiva. Você não consegue mais ficar sem um “trago”, não consegue perder o capítulo de uma novela, não consegue decidir o que é melhor na tua vida afetiva por causa de uma dependência sexual. Já parece não haver mais esperança de vida sem aquele vício. E o pior, é que tudo aquilo que você faz, se justifica por aquilo que sente; só consegue se relacionar com as pessoas a partir da “segurança” que a droga oferece; diz que ninguém tem nada a ver com sua vida, e começa a experimentar o pior prejuízo que a droga traz: a solidão.
Como sair dessa? Em primeiro lugar, é preciso uma decisão radical de romper com o vício, com a escravidão. Para isso, é preciso mudança de vida. É preciso quebrar a autosuficiência, arrepender-se, ter humildade, submissão, disciplina, entrega, e principalmente, acreditar em Deus. O trabalho feito a partir da tradição dos grupos de “Anônimos” (AA, Fazenda do Senhor Jesus, etc.) indica algumas medidas importantes, estruturando esses passos através da promoção de uma reconciliação com Deus, consigo mesmo e com os outros. A decisão, no entanto, precisa ser radical. A recompensa? A esperança, a vida, a liberdade. A certeza de que o melhor da vida ainda está por vir.

Que tal agora pensarmos nos vícios que fazem parte da sua vida? Cocaína? Maconha? Álcool? Cigarro? Remédios? E se você acha que não é viciado, apenas usuário, vale a pena lembrar a atitude de auto-engano e justificação contidos na frase “quando quiser, eu paro”, usada por tantos que hoje precisam da nossa ajuda e nossas orações. Pelo que você acha mais importante viver: Pelos enganos oferecidos por esses meios de entorpecimento da vida, ou pela esperança de viver a vida que Deus sonhou para você? Lembre-se: Jesus quer te dar a vida, e vida em abundância.

Cláudia May Philippi - Psicóloga Clínica

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Blog Coroinhas da Rainha




HOJE dia 13 de Maio entra na NET mais um Blog da Rede do Papo de Coroinha, o nosso Grupo esta muito alegre e preenchido de um grande amor pela Virgem Maria, este mês Mariano dedicamos este Blog a Virgem Maria e aos seus filhos, não deixe de conferir as novidades que este Blog trará, o Blog Coroinhas da Rainha, transmite um pouco do grande amor que o Grupo de Coroinhas São Miguel Arcanjo e a Comunidade Nossa Senhora de Nazaré tem pela Virgem, pois foi o seu SIM que nos deu a salvação, que este Blog que HOJE é consagrado a Virgem Maria, em seu Imaculado Coração permaneca sempre fiel a humildade e ao amor que tanto teve a Virgem Maria!
Que a Virgem Maria te ilumine em todos os momentos de tua vida, que olhando para Ela seja discipada toda escuridão do seu interior!
Que a Virgem Maria cobra com seu manto este Blog e todos aqueles que nele entrarem. Amém!



Deus nos ensina a amar o fracassado

No Santo Evangelho, narrado segundo São Lucas capítulo 15, vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens. Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de mérito e se escandalizam com a solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas. Refletindo sobre a terceira parábola lucana, vemos que ela tem dois aspectos: o processo de conversão do pecador e o problema do “justo” que resiste ao amor do Pai.

Popularmente, nós a conhecemos como "A parábola do filho pródigo". Ela nos ensina a destacar a conversão na iniciativa de Deus. Em Sua Misericórdia, Ele prepara e aceita os primeiros sintomas de arrependimento. Como sempre, o Senhor está de mãos estendidas para nós. Quase nos toca, só falta um pequeno gesto nosso para que Ele nos abrace carinhosamente em Seu amor. Seu perdão é completo e sem reprovações. O Reino de Deus exulta de alegria quando um pecador é convertido.

Essa parábola [do filho pródigo] resume a história da salvação e constitui também uma síntese da história pessoal de cada um de nós. O filho mais novo se emancipa, fracassa e retorna. Da parte do pai é uma questão de amor e paciência. Da parte do filho é todo um processo psicológico de ida e volta, de fuga e retorno. Esse filho reflete uma situação comum na nossa humanidade: a imagem do homem pecador que se afasta de Deus e, depois, volta para Ele.

A saga do filho pródigo é uma história muito bonita, que mostra a grandiosidade de Deus e Seu infinito e misericordioso amor, e a nossa fragilidade, miséria e pecado.
O filho mais novo reconhece seus erros e volta, arrependido, esperando o menos, ou seja, que o seu pai o aceite como empregado. É motivo de festa para o genitor.

Mas essa história nos alerta para um erro oposto: o farisaísmo. Muitas vezes, estamos mais perto de Deus do que outros irmãos, mas, mesmo assim, o nosso egoísmo nos afasta d'Ele. Achamos que merecemos mais, que somos melhores do que os outros. O filho mais velho é também pecador, considera-se perfeito e se revolta pela festa que o pai faz para o mais novo.
O pai sai ao encontro de ambos, um muda de vida e é justificado, o outro fecha-se em sua soberba e egoísmo. Mas este também é filho e também é amado. Como disse o pai: “Tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu”.

É tempo de conversão. Mas não somente para aqueles que se afastaram de Deus e retornam. É preciso haver conversão, com a mesma intensidade, entre os que se consideram muito bons e até melhores do que o comum das pessoas. Assim somos convidados nestes dias, que nos antecedem a celebração da Páscoa do Ressuscitado, para procurarmos um confessionário e fazer uma boa confissão auricular, individual, acusando nossos pecados e pedindo a Misericórdia de Deus pela absolvição sacramental de um sacerdote.

A conversão, que é preparada por Deus, mas que exige a nossa atuação, é um processo lapidador, que vai nos tornando sempre melhores do que éramos, mas nunca melhores do que nossos irmãos. Se todos e cada um de nós nos déssemos as mãos, não haveria – como para o Pai celeste não há - melhores, nem piores. Haveria, sim, uma multidão que quer se salvar, salvando o mundo. Sozinhos, nada somos. Juntos, unidos, despidos de egoísmo, seremos os construtores de um mundo melhor, mais fraterno, cheio de alegria, felicidade e paz. Em suma, plenos de Deus.

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora

É NECESSÁRIO ESCUTAR bem para FALAR bem e na hora certa

Muito me incomoda, em nossos tempos modernos, o barulho generalizado, ou seja, a falta de silêncio interior e exterior também para podermos rezar, tomar decisões, escutar a Deus, a si mesmo e aos outros. Outro dia fui ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida e li numa das colunas internas do santuário o apelo: "Silêncio é também oração!" Parece que diante de tudo que a gente vive é necessário falar o tempo todo, pouco se faz silêncio, um dos motivos, penso eu, é que, na verdade, nós temos medo do que vamos ouvir, por isso, o silêncio nos incomoda tanto.

É verdade que o silêncio é imprescindível para rezar, mas não só para isso. Para qualquer diálogo é preciso escutar, calar e ouvir o outro. Nós aprendemos a falar porque escutamos nossos pais e irmãos falando e começamos a dizer as primeiras palavras. É necessário escutar bem para falar bem e na hora certa. É necessário ouvir para aprender. Silenciar para se ter coragem para reconhecer o homem interior. É uma viagem tão pequena a que se faz da mente ao coração, mas nós temos um medo muito grande de realizá-la, porque não sabemos o que vamos encontrar. Muitas vezes, porque o sabemos não temos coragem de nos recolher no coração e deparar com alguns monstros bem conhecidos.

Existem alguns níveis de silêncio que fogem, muitas vezes, do padrão, pois esse estado não é somente ausência de barulho.

É verdade que o primeiro nível de silêncio é o exterior, que pode incomodar muito e interferir em nossa vida e em nossa saúde. “Sem recolhimento não há profundidade” e vivemos na superficialidade, fazendo muito barulho para não escutar os gritos do nosso interior. Exemplo disso é o barulho das grandes cidades, que hoje é um problema de saúde pública; por essa razão, há muitas famílias procurando residências afastadas dos grandes centros e se mudando para sítios e cidades menores. A necessidade do silêncio para descansar o corpo e a alma.
O silêncio interior é, antes de tudo, o mais necessário e imprescindível para o ser humano, para o seu equilíbrio, para discernir e tomar decisões, para ouvir a sua consciência. Mesmo porque haverá momentos em que, mesmo em meio a muitas pessoas conversando, trabalhando ou até se divertindo, isso não vai nos incomodar porque há silêncio interior dentro de nós. Por isso, a ausência de barulho interior, de agitação, de nervosismo e de distração é essencial para a vida de todo ser humano.

Este estado de espírito se desenvolve em nós quando construímos e temos a PAZ. Esta paz não é somente ausência de guerra, de confusão, de brigas; ela provém de um caminho de maturidade e equilíbrio que vamos fazendo em nossa vida, de escolhas, de pessoas que caminham conosco, pois o grupo ao qual nos associamos pode nos tirar ou nos dar a paz, e isso influencia diretamente em nosso interior, no silêncio ou no barulho e confusão que transmitimos. Daí nós nos tornamos promotores da paz ou da confusão, do silêncio ou do barulho.
"Shalom" é o nome da paz do Ressuscitado, uma PAZ completa que atinge o corpo e a alma de cada homem e mulher, que ultrapassa as condições externas e nasce de uma experiência interior, de uma coragem de encarar a vida e de escutar as vozes de dentro e de fora. Jesus disse para os discípulos, com medo e escondidos: “Deixo-vos a Paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (cf. João14, 27). Quando Deus visita o interior de nosso coração nasce a Paz, o SILÊNCIO e a Coragem.

Por isso, silêncio não é somente uma questão de "PSIU"! E como é chato ter a necessidade de fazer ou ver e ouvir alguém colocando o dedo indicador na boca e fazendo esse barulho "PSIU", que mais irrita do que resolve. O que resolve, na verdade, é a Paz, o "Shalom", que é a mãe do silêncio interior a transbordar para nossa vida exterior. Desejo para você a Paz, para que possa ter o silêncio e as condições para decidir e viver melhor a vida! Se o silêncio é o porteiro da vida interior, façamos, com coragem, essa viagem preciosa ao mundo desconhecido de nossa alma: nossa consciência e você verá que a conhecendo encontrará mais surpresas agradáveis.

Convido a rezar comigo essa oração a Virgem Mãe do Silêncio:
Oração: Virgem do Silêncio, Tu que ouve nossas vozes, ainda que não falemos, pois compreende no movimento de nossas mãos a linguagem de nossos corações. Não te pedimos Senhora, que nos dê a voz e o ouvido para nossos corpos, mas sim que nos conceda entender a Palavra do teu Filho e o discernimento dos espíritos. Chegar a Ele com amor para salvação de nossas almas.

Queremos amar nosso silêncio para evitar a calunia, o ódio e o pecado, e calando dar testemunho de nossa fé. Queremos oferecer-te o silêncio no qual vivemos para que todos te chamemos de Mãe e sejamos verdadeiros irmãos, sem ódios, nem rancores, como filhos teus. Pedimos que traduza nosso arrependimento, nossas palavras quando não conseguimos expressar diante do teu Filho, na hora das decisões, da morte, para que na outra vida, possamos ouvir e falar cantando tua louvação por toda a eternidade. Amém.


“Sua mãe (Santíssima Virgem Maria) guardava todas estas coisas no coração” (Lucas 2,51).

Padre Luizinho - Comunidade Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/padreluizinho

HOJE ás 19:00hrs na Comunidade N. S. de Nazaré

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Grandeza de Nossa Senhora

Com toda a Igreja confesso que Maria, não sendo mais que uma simples criatura saída das mãos do Altíssimo, é menor que um átomo, ou antes, não é nada em comparação com a sua Majestade infinita, visto que só Deus é “Aquele que é” (Ex 3,14). Por conseguinte, este grande Senhor, sempre independente e bastando-se a si mesmo, não teve nem tem absoluta necessidade da Santíssima Virgem para o cumprimento dos seus desígnios e para a manifestação da sua glória. Basta lhe querer para tudo fazer.
No entanto, supostas as coisas como são, tendo Deus querido começar e acabar as suas maiores obras pela Virgem Santíssima depois de a formar, digo que é de crer que não mudará de procedimento em todos os séculos. Ele é Deus e não muda nem nos seus sentimentos nem na sua conduta.
Deus Pai não deu ao mundo o seu Unigênito senão por Maria. Por mais ardentes que fossem os suspiros dos patriarcas e as súplicas que durante quatro mil anos lhe fizeram os profetas e os santos da Antiga Lei para obterem esse tesouro, só Maria o mereceu. Só Ela encontrou graça diante de Deus pela força das suas orações e pela grandeza das suas virtudes. Diz Santo Agostinho que, não sendo o mundo digno de receber o Filho de Deus diretamente das mãos do Pai, este o deu a Maria, para que os homens o recebessem por Ela. O Filho de Deus fez-se homem para nos salvar, mas foi em Maria e por Maria. Deus Espírito Santo formou Jesus Cristo em Maria, mas só depois de lhe ter pedido o consentimento por um dos primeiros ministros de sua corte.
Deus Pai, para dar a Maria o poder de produzir o seu Filho e todos os membros do seu Corpo Místico, comunicou-lhe a sua fecundidade, na medida em que uma simples criatura a podia receber.
Como o novo Adão ao seu paraíso terrestre, assim desceu Deus Filho ao seio virginal de Maria para aí achar as suas delícias e operar, às escondidas, maravilhas de graça.o Deus feito homem encontrou a sua liberdade em se ver aprisionado no seio dela; fez brilhar a sua força, deixando-se levar por essa jovem virgem. Achou a sua glória e a de seu Pai, escondendo os seus esplendores a todas as criaturas da terra, para só os revelar a Maria; glorificou a sua independência e majestade, dependendo desta amável virgem na sua concepção, nascimento, apresentação no templo, na sua vida oculta de trinta anos e, até, na sua morte. Maria devia assistir a essa morte, porque Jesus quis oferecer com Ela um mesmo sacrifício e ser imolado ao Eterno Pai com seu assentimento, como outrora Isaac também fora imolado à vontade de Deus pelo consentimento de Abraão. Foi Ela que o amamentou, nutriu, sustentou, criou e sacrificou por nós.
Ó admirável e incompreensível dependência de um Deus! Nem o Espírito Santo a pode ocultar no Evangelho para nos mostrar o seu valor e glória infinita, embora tenha escondido quase todas as maravilhas operadas pela Sabedoria encarnada durante a sua vida oculta. Jesus Cristo deu mais glória a Deus Pai pela sua submissão a Maria durante trinta anos do que lhe teria dado se convertesse toda a terra operando os maiores prodígios. Oh! Quão altamente glorificamos a Deus, quando nos submetemos, para lhe agradar, à Virgem Santíssima, a exemplo de Jesus Cristo, nosso único modelo!
Se examinarmos de perto o resto da vida de Jesus, veremos que Ele quis iniciar os seus milagres por Maria. Santificou São João no seio de sua mãe, Santa Isabel, pela palavra de Maria. Logo que Ela falou, João ficou santificado; e este foi o primeiro milagre de Jesus na ordem da graça. Nas bodas de Cana, Jesus mudou a água em vinho, atendendo ao humilde pedido de sua Mãe; e este foi o seu primeiro milagre na ordem natural. Começou e continuou os seus milagres por Maria; por Ela os continuará até ao fim dos séculos.


Tratado da Verdadeira Devoção – São Luís de Monfort

terça-feira, 11 de maio de 2010

Vem aí... Novo Pentecostes


Uma série de postagens sobre o Espirito Santo, aquele que nos conduz e nos mostra o caminho que divemos seguir, sem o Espirito Santo não somos nada, ele nus conduz e se derrama sobre nós porque precisamos, porque somos fracos, este Espirito derramado transforma nossas vidas e muda as nossas ações!
Logo abaixo estão os temas das três primeiras postagens;

1° Pentecostes: Sonho e Realidade
2° Pentecostes pessoal
3° Sem o Espirito Santo, o Cristo permanece no passado

Aguardem...

O sentimento de culpa

"Pessoas que possuem dificuldade para lidar com seus limites!"

A culpa atormenta a muitos, muitas vezes de forma tão intensa que pode “travar” a vida da pessoa. Ela traz junto a si tristeza, o desconforto e a ansiedade. É um sentimento imediato, irracional, de angústia e de autocondenação que, às vezes, atormenta-nos e nos faz sentir dores de estômago.

Mas de onde nasce este sentimento? A culpa nasce do conceito que trazemos dentro de nós do que é certo ou errado, do que é nosso dever fazer ou do que não devemos fazer. Conceitos introjetados em nós de acordo com a cultura em que vivemos. Ele surge [sentimento de culpa] quando contrariamos esses conceitos.

Quando a pessoa possui uma noção distorcida do próprio poder ou traz dentro de si conceitos muito rígidos e inflexíveis, noções desumanas de certo ou errado, tende a se sentir excessivamente culpada. Às vezes a culpa se refere não ao seu pesar por ter perdido o ideal, mas ao desapontamento por não ver realizado o desejo de ser amada, reconhecida, valorizada.
Outras pessoas, por não conseguirem deparar com o próprio erro, tendem a sempre colocar a culpa nos outros. Por outro lado, a culpa é importante no nosso processo de crescimento pessoal e amadurecimento humano, e aqueles que são destituídos desse sentimento, vivem num mundo sem moral e sem lei, o que pode ser muito perigoso e até doentio.

A culpa, portanto, tem diversas nuances: pode ser um sentimento destrutivo e infantil, que nos fecha em nós mesmos e nos impede de amadurecer, e pode ser um sentimento construtivo, essencial para sermos pessoas responsáveis e capazes de crescer. A culpa positiva nasce da comparação entre o meu “eu” e os valores que me solicitam: a consciência de ter transgredido um estilo de vida livremente aceito, ou seja, nasce da consciência de ter transgredido um valor importante para mim (sinto-a, porque perdi o verdadeiro sentido de minha vida). Nasce da capacidade de julgarmos a nós mesmos em termos dos valores morais que trazemos interiorizados. Nesse caso, quando a pessoa depara com o sentimento de culpa, o que acontece é uma atitude de autocrítica, de percepção do próprio erro e a decisão de mudança de comportamento e de postura diante do próprio erro.
Aqueles que possuem dificuldade para lidar com os próprios limites, erros, fracassos, incapacidades, tendem a se martirizar e se culpar de forma excessiva. A causa da culpa destrutiva pode ser o medo do castigo (real ou imaginário) proveniente dos outros ou da própria pessoa que tem esse sentimento, ou seja, o medo de ser castigada pelos outros ao ser descoberta em seu erro, ou uma tendência à autopunição e à autocondenação, na qual a pessoa se martiriza pelo próprio erro, travando toda a sua vida futura.

Aprender a reconhecer a própria culpa é aprender a reconhecer que temos limites, que somos frágeis, que somos humanos e, portanto, erramos.

Existem pessoas que fazem um ideal de si mesmas tão alto que isso se torna algo inatingível e, com isso, elas nunca conseguem estar à altura dos próprios ideais, caindo numa autocobrança impiedosa. Não podemos nos esquecer de que todos nós, homens e mulheres, trazemos em nós virtudes e defeitos, riquezas notáveis e incoerências.
Reconhecer a nossa culpa exige coragem para reconhecermos nossas próprias limitações. Reconhecer a própria culpa é essencial para que brote uma nova postura diante de nós mesmos e do mundo, sem cobranças, sem acusações, sem autopiedade.

Precisamos aprender a ter uma justa estima de nós mesmos, uma autoimagem correta e normal, no reconhecimento de que somos dotados de muitos elementos positivos e, ao mesmo tempo, possuímos muitos contornos limitantes que dificultam o agir. Ter uma imagem realista de nós mesmos, reconhecendo que não somos a pessoa que fomos no passado, mas que ainda não somos a pessoa que seremos no futuro.
Que tipo de sentimento de culpa você traz dentro de si? Uma culpa destrutiva, por medo de ser castigado ou por não admitir seus próprios erros? Ou uma culpa positiva, que nasce da consciência de nossa possibilidade de errar e que o leva a buscar ser cada dia melhor?

Manuela Melo
psicologia@cancaonova.com