Nada chama mais a atenção na atividade de Jesus do que as suas reações
diante das pessoas que eram reconhecidas pela sociedade de seu tempo como
pecadoras. “Ninguém te condenou? Tampouco eu te condeno. Vai, e de agora em
diante não peques mais” (Jo 8, 11). Todas as suas atividades e encontros trazem
a marca do perdão e da misericórdia. Jesus modifica todo um modo de se
relacionar com os que a sociedade rejeita. É claro que Ele não aceita o pecado,
mas de jeito nenhum quer perder o pecador. “Eu não vim ao mundo para condenar,
mas para salvar” (Jo 12, 47). No plano de Jesus há lugar para todos, ninguém é
deixado de lado.
Como o samaritano da parábola contada por Jesus, sua capacidade de
acolhida e compaixão se expressam de uma desafiadora diante dos mais
fragilizados. Sejam estes pecadores públicos, doentes, endemoninhados, pobres
ou excluídos. Chega a escandalizar a religião de seu tempo ao afirmar que sua
vinda ao mundo foi justamente por conta destas pessoas: “Não vim para os sãos, mas
para os doentes” (Mc 2, 17). Jesus não se cansa de mostrar que todas as pessoas
sempre devem ter direito a uma segunda chance e que Ele, age como samaritano da
humanidade reerguendo os que foram subjugados por uma estrutura de pecado. Para
Jesus todas as pessoas podem se converter e Nele assumir uma vida nova (Mt 18,
21-22).
Do grupo constituído por Ele e reunido em Seu nome, Jesus espera as
mesmas atitudes de acolhida e misericórdia. Quando estava para subir ao Pai,
soprou sobre os discípulos o Espírito e lhes entregou a missão de perdoar os
pecados (Jo 20, 22-23).
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