NOTA SOBRE AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES
Caríssimos
irmãos e irmãs, estamos nos aproximando das eleições. Por meio do nosso voto,
começaramos a lançar as bases do que queremos para os próximos quatro anos de
nossa cidade. Já conhecemos os homens emulheres que desejam a nossa confiança
para nos representar. Por isso, como Padre de São Pedro e São Paulo em Tibiri
II, cabe a mim a responsabilidade de falar o que a nossa Igreja pensa sobre as
eleições e sobre o que ela espera que seus fieis lembrem ao longo desta
campanha. Para tanto, recorri a uma nota escrita por Dom Fernando
Guimarães.Utilizo a nota dele devidamente identificada por aspas e faço os
devidos acréscimos para que esta seja mais próxima da realidade de nosso bairro.
1. "A Igreja Católica valoriza a atividade política. " Política
não é a arte do adaptar-se a situações e sim "o exercício público em
vista do bem comum da sociedade. Os poderes civis, constituídos pelo voto
popular, têm a irrenunciável responsabilidade de se dedicar honestamente ao bom
governo da sociedade, na harmonia, na justiça e no respeito pelos direitos de
todos."
2. "A Igreja Católica não tem candidatos próprios, nem recomenda
qualquer candidato" como sendo o seu representante. "Já o exercício do voto é um direito e um dever de cada
cidadão, e este deve exerce-lo segundo a sua própria consciência." Não
existe, portanto, nada que possa obrigar uma pessoa a votar em determinados
candidatos! Favores realizados no passado não podem servir como meio para
intimar as pessoas a votarem em determinados candidatos.
3. "Os católicos são convidados a cumprirem este seu dever cívico, com
responsabilidade e critério. Para isso, devem analisar com atenção a pessoa de
cada candidato, a sua honestidade e probidade pessoal e o seu programa de governo."
A história de vida do candidato também é um critério importante porque
propostas encontramos com facilidade. Eventuais propostas de governo contrárias
à lei natural, à moral e à doutrina católica, bem como uma história de vida que
sempre se opôs a Igreja, deve ser critério para que não votemos em determinados
candidatos. Porque certamente, não saberão, uma vez eleitos, separar
religião de política!
4. "É ilegal e imoral vender o próprio voto, em troca de benefícios de
qualquer espécie. Como é também imoral e ilegal a tentativa de comprar
votos."
5. "Os locais pertencentes à Igreja Católica" bem como os momentos de encontros de nossos grupos e pastorais "não devem ser utilizados
para eventos ligados à campanha eleitoral de qualquer partido ou coligação.
Católicos leigos, com cargos de direção nas paróquias e movimentos, se forem
entrar diretamente na campanha política, deverão renunciar aos seus cargos
eclesiais durante a campanha." Qualquer um de nós pode apresentar suas
posições políticas, no entanto, ninguém que pertença a grupos de Igreja deve se
valer do grupo para fazer campanha para determinados
candidatos.
6.
Aqueles que ao longo dos últimos quatro anos estiveram por fora de nossa
realidade, os que sumiram do nosso bairro, não merecem ser lembrados por nós nestas
eleições! O mesmo vale para aqueles que somente agora andam por nosso bairro procurando voto, e para os que chegando a exercer algum cargo em
alguma gestão não fizeram por onde merecer a confiança depositada. Talvez votar em pessoas que saibamos onde encontrá-las futuramente seja uma forma de manter sob nosso alcance a força do voto dado!
7. Esta
Nota seja lida nas Santas Missas dominicais dos dias 19 e 26 de agosto e nas
celebrações da palavra feitas em nossas comunidades, permanecendo afixada nos
quadros de avisos em toda a Paróquia nos meses de agosto e setembro.
Que Deus abençoe a todos!
Padre Dalmo Radimack
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