A coisa mais difícil é perceber o quanto erramos e quando
estamos errados. Todos acreditam ter razão e sempre a culpa é de outros! Já
dizia René Descartes que o bom senso era a coisa tão mais bem dividida que
todos acreditam ter a porção necessária. Todos acreditam ter bom senso, mas na
verdade, todos justificam os seus
pecados e assim permanecem na mesma vida de sempre, sem perspectiva de
mudanças e ainda escondidos dentro de um
Cristianismo falho e incapaz de mostrar luzes! Esta incapacidade de ver o
próprio pecado nos faz ovelhas sem pastor e doentes perante o nosso próprio
futuro.
Estamos no capítulo seis do Evangelho de São Marcos, e este
trecho que nos é oferecido pela liturgia deste domingo coloca diante de nossos
olhos Jesus imensamente preocupado com o bem estar dos seus discípulos que
embora tenham voltados entusiasmado e fazendo relatos de tudo o que fizeram,
com certeza, estavam igualmente cansados. É o que podemos perceber devido ao
convite do Senhor para que se retirassem com ele. Ao mesmo tempo, temos Jesus
compadecido com o povo que parece ovelha sem pastor.
Da parte dos discípulos aprendemos do mestre que todos
aqueles que estao no serviço de Cristo necessitam de descanso e de um período
de retirada com o intuito de se revisar a vida e assim, romper as trevas que
muitas vezes podem envolver a nossa jornada. Aprendemos também que é necessário
que nós tenhamos atenção aos nossos familiares, aos nossos amigos, e assim
partilhar as alegrias de momentos da vida. É preciso estar saudável para servir
ao Senhor, atendendo às necessidades daqueles que se apresentem a nós.
Este Evangelho tem
início com a relação de amizade entre Jesus e seus discípulos e em um segundo
momento é que podemos perceber que estes, em intimidade com Jesus o veem
ensinando ao povo que parece ovelha sem pastor. É o Pastor Jesus que deseja ser
o pastor de nossas vidas e com a palavra e o exemplo deseja alimentar em seus
seguidores o mesmo desejo de serviço e pastoreio pois somos corresponsáveis por
nossas vidas. Eis aí uma lição que precisamos aprender com urgência! O povo que
aos olhos de Jesus parece ovelha sem pastor, é o povo sofredor,
que tem o futuro negado. Com este povo, Jesus é solidário, ele se compadece e
partilha a vida. Salvar é um ato de
bondade de Deus e a misericórdia
divina se estende a todo o ser vivo: repreende, corrige, ensina e reconduz,
como pastor, o seu rebanho. Ele Se compadece daqueles que recebem os Seus
ensinamentos, e dos que se apressam a cumprir os Seus preceitos. E é justamente
neste ponto: a busca de viver a Palavra de Deus é que percebemos a nossa doença
porque começamos a acreditar de uma forma perigosa que é errando que se aprende.
Não, do erro podemos retirar ensinamentos, mas não podemos admitir que o erro
seja o meio para se aprender a viver. Aqui temos o cerne da doença que acomete
o ser humano, tal qual ele deveria aparecer perante Deus.
Quem tem saúde não têm necessidade do médico enquanto estiverem bem; os doentes, pelo contrário, recorrem à este, e aqui o que há de mais significativo é que o Pastor é o Médico. E este não se nega a ir ao encontro dos doentes, nem se nega a atendê-los! E neste mundo estamos todos doentes por conta dos nossos pecados, por conta da nossa dureza de coração, da nossa falta de perdão, da nossa falta de atenção aos sofrimentos nossos e os dos outros, pela dificuldade em dizer a verdade, pela nossa facilidade em nos expor e expor os outros, pela falta de amor para com o próprio Deus! Temos necessidade de um Salvador. Nós, os doentes, temos necessidade do Salvador; extraviados, necessitamos de quem nos guie; cegos, de quem nos dê luz; sedentos, da fonte de água viva, porque “quem beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede” (Jo 4,14). Mortos, precisamos da vida; rebanho, do pastor; crianças, de um educador: sim, toda a humanidade tem necessidade de Jesus.
“Cuidarei da que está ferida e tratarei da que está doente. Vigiarei sobre a que está gorda e forte. A todas apascentarei com justiça” (Ez 34,16). Tal é a promessa do bom pastor, que nos apascenta como a um rebanho, a nós que somos pequeninos. Mestre, dá-nos com abundância o Teu pasto, que é a justiça! Seja o nosso pastor e conduz-nos até à Tua montanha santa, até à Igreja que se eleva, que domina as nuvens, que toca os céus. “Eis que Eu mesmo cuidarei das Minhas ovelhas e me interessarei por elas” (cf Ez 34). “Eu não vim para ser servido mas para servir”. É por isso que o Evangelho O mostra cansado, Ele que se entrega por nós e que promete “dar a Sua vida para resgatar a multidão” (Jo 4,5; Mt 20,28).
Quem tem saúde não têm necessidade do médico enquanto estiverem bem; os doentes, pelo contrário, recorrem à este, e aqui o que há de mais significativo é que o Pastor é o Médico. E este não se nega a ir ao encontro dos doentes, nem se nega a atendê-los! E neste mundo estamos todos doentes por conta dos nossos pecados, por conta da nossa dureza de coração, da nossa falta de perdão, da nossa falta de atenção aos sofrimentos nossos e os dos outros, pela dificuldade em dizer a verdade, pela nossa facilidade em nos expor e expor os outros, pela falta de amor para com o próprio Deus! Temos necessidade de um Salvador. Nós, os doentes, temos necessidade do Salvador; extraviados, necessitamos de quem nos guie; cegos, de quem nos dê luz; sedentos, da fonte de água viva, porque “quem beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede” (Jo 4,14). Mortos, precisamos da vida; rebanho, do pastor; crianças, de um educador: sim, toda a humanidade tem necessidade de Jesus.
“Cuidarei da que está ferida e tratarei da que está doente. Vigiarei sobre a que está gorda e forte. A todas apascentarei com justiça” (Ez 34,16). Tal é a promessa do bom pastor, que nos apascenta como a um rebanho, a nós que somos pequeninos. Mestre, dá-nos com abundância o Teu pasto, que é a justiça! Seja o nosso pastor e conduz-nos até à Tua montanha santa, até à Igreja que se eleva, que domina as nuvens, que toca os céus. “Eis que Eu mesmo cuidarei das Minhas ovelhas e me interessarei por elas” (cf Ez 34). “Eu não vim para ser servido mas para servir”. É por isso que o Evangelho O mostra cansado, Ele que se entrega por nós e que promete “dar a Sua vida para resgatar a multidão” (Jo 4,5; Mt 20,28).
Peçamos a Cristo que
nossos olhos se abram para percebermos os nossos pecados e assim, conduzidos
por Ele possamos mudar nossa conduta e assim alcançar a cura para o pecado que
é uma doença mortal!
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