sábado, 30 de outubro de 2010

Arcebispo da Paraíba fala sobre Dilma e PT na internet


BRASÍLIA. A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e seu partido foram acusados, em vídeo gravado pelo arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo Pagotto, de mentir sobre seus verdadeiros projetos. No vídeo, ele diz que Dilma e o PT estariam comprometidos com a “cultura da morte”. No documento que serviu de base para a gravação, postada na internet, o arcebispo não poupou nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando que as ações de seu governo teriam desmentido uma carta que ele teria enviado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), negando que estivesse disposto a legalizar o aborto.
No vídeo de quase 15 minutos, postado domingo no YouTube e que ontem à tarde já havia sido acessado por mais de 3 mil internautas, dom Pagotto faz um apelo para que seus diocesanos o ajudem a divulgar a gravação, assim como um documento de igual teor elaborado pelos bispos de São Paulo.
— Estamos diante de um partido que está institucionalmente comprometido com a instalação da cultura da morte no nosso país, que proíbe seus membros de seguirem suas próprias consciências e que se utiliza calculadamente da mentira para enganar eleitores sobre seus verdadeiros projetos à Nação. Não podemos nos calar. A verdade nos libertará — afirma, no vídeo.
Segundo o arcebispo, o PT assumiu como projeto de governo a completa legalização do aborto, embora nas últimas semanas tenha passado, “paradoxalmente, a negar com insistência o que fazia publicamente”.
— Nós aqui não estamos entrando em política partidária.
Não cabe à Igreja imiscuir-se na política, indicar ou não partidos ou candidatos. Mas é dever da Igreja e dos pastores alertar sobre o voto, que tem as suas consequências.
Quando representantes do governo se expressam desta maneira, não existe mais credibilidade em suas declarações.
Quando a democracia se converge neste tipo de demagogia para ganhar voto, já é a ditadura que está no horizonte — acrescentou.
Na semana passada, a CNBB lamentou a manipulação política e o envolvimento indevido da instituição e da Igreja na campanha.
Reconheceu o dever dos bispos de orientar diocesanos nos assuntos sobre a fé e a moral cristã, mas reafirmou que a escolha do candidato a presidente é um ato livre e consciente de cada cidadão.

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