Aflitos, moradores do Morro do Bumba tentam No Hospital Azevedo Lima informações sobre o estado de saúde de parentes e amigos (Foto: Tássia Thum/G1)
A estudante Priscila Rosa faz prontidão na emergência do Hospital Azevedo Lima, no Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, à espera de notícias do namorado que desapareceu na noite de quarta-feira (7) durante o deslizamento de terra no Morro do Bumba.
“Não quero pensar no pior e ainda tenho esperanças. Foi horrível o deslizamento. Por um milagre, eu, minha mãe e minha irmã fomos salvas porque não estávamos na nossa casa que ficou destruída”, desabafou a jovem.
O pai de Priscila, Edmo Lopes, ficou ferido ao tentar salvar alguns pertences da casa onde a família morava. Ele foi arrastado pela força da avalanche e ficou cerca de 40 minutos debaixo dos escombros. Edmo foi resgatado com vida e encaminhado para o Hospital Azevedo Lima. De acordo com os médicos da unidade, o estado de saúde dele é estável.
Em meio ao sofrimento, Priscila respirou aliviada ao ver pela televisão que sua tia, Eli Lopes, foi resgatada com vida do deslizamento.
“Olha lá, é a minha tia, graças a Deus ela está viva”, comemorou.
Moradora do Morro do Bumba há 16 anos, a jovem espera reconstruir sua casa em outra localidade.
“Toda vez que eu for ao lá, vou lembrar de toda essa tragédia. Vou construir minha casa em outro lugar, tenho medo que isso se repita outras vezes”, disse Priscila.
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