A irmã Caterina Capitani, religiosa cuja cura considerada milagrosa permitiu a beatificação do Papa João XXIII, morreu em Nápoles (Itália), na noite entre Quarta e Quinta-feira Santa, 1º de abril.
Da Congregação das Filhas da Caridade, ela tinha 68 anos e tratava com generosidade dos infectados pela Aids. A religiosa foi atingida por um gravíssimo mal: não conseguia mais comer, era muito magra e, após cerca de seis anos de sofrimento, não havia mais esperança de cura para ela. As sua irmãs de Congregação rezaram intensamente pela intercessão de João XXIII.
"Em 25 de maio de 1966, o terceiro dia da novena de minhas irmãs, tive a nítida impressão de que não aguentaria até a noite. O termômetro marcou 39,5, respirava ofegantemente. Pedi a uma freira que deixasse a porta entreaberta, porque desejava estar à espera do Senhor", contou irmã Caterina.
Após alguns minutos, continua a irmã, "senti uma voz que me chamava do lado esquerdo: 'Irmã Caterina'. Assustada, me virei e vi, de pé ao lado da minha cama, Papa João". A irmã sempre lembrou das palavras do Papa: "Tenho orado muito e também muitas irmãs fizeram exatamente isso! Rasgou-me o próprio coração esse milagre".
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