"A união sacramental, mas real, com o Mistério pascal de Cristo abre ao batizado a perspectiva de participar da sua própria glória. E isso tem uma consequência já para a vida na terra, porque, se em virtude do batismo nós já participamos da ressurreição de Cristo, então já agora 'podemos caminhar em uma vida nova'".
Esse é um dos trechos da homilia de Bento XVI durante as exéquias do Cardeal italiano Luigi Poggi, que possuía o título de Arquivista e Bibliotecário emérito da Santa Igreja Romana. Poggi morreu na terça-feira, 4, aos 92 anos.
A Santa Missa foi presidida pelo Decano do Colégio dos Cardeais, Cardeal Angelo Sodano, juntamente com outros Cardeais, no altar da Cátedra da Basílica Vaticana, no final da tarde desta sexta-feira, 7. Já a Liturgia das Exéquias foi presidida pelo Santo Padre, com o rito da Ultima Commendatio e da Valedictio.
O Santo Padre destacou que a "dor pela perda de sua pessoa é mitigada pela esperança na ressurreição, embasada na palavra do próprio Jesus". Nesse sentido, se a morte parece tornar tudo irremediavelmente perdido para o homem que não tem fé, o cristão é convidado a um olhar de esperança.
"É a palavra de Cristo, então, a iluminar o caminho da vida e a conferir valor a cada momento. [...] Jesus não poderia ser mantido na morte. Deus dissolveu suas angústias, porque não era possível que essa o mantivesse em seu poder. Sobre a Cruz Cristo alcançou a vitória, que devia se manifestar com a superação da morte, isto é, com a sua ressurreição", ressaltou.
O Pontífice elencou a extensa lista de atribuições do Cardeal Poggi durante os mais de 60 anos de serviço à Santa Sé, seja na qualidade de Núncio Apostólico ou de Delegado Apostólico, especialmente no difícil período da Segunda Guerra e, após, no relacionamento com governos de países comunistas.
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