Santo Agostinho (†430), recomendava aos jovens do seu tempo:
"Parece-me salutar fazer essas recomendações aos jovens estudiosos, inteligentes e tementes a Deus, que procuram a vida bem-aventurada: que não se arrisquem sob o pretexto de tender à vida feliz e que não se dediquem temerariamente a seguir doutrina alguma das que se praticam fora da Igreja de Cristo."
Na última vez que Jesus esteve com os seus Apóstolos, na última Ceia, na hora do adeus, antes de sofrer a sua paixão, garantiu-lhes a infalibilidade para conhecer e ensinar a verdade que salva.
Desde o capítulo 13 até o 17 São João narra no seu Evangelho tudo o que aconteceu naquela Ceia memorável onde o Senhor instituiu o Sacerdócio e a Eucaristia. Esses cinco capítulos (13 a 17) revestem-se de uma importância especial, já que são as "últimas palavras e recomendações" de Jesus à Igreja.
É fácil compreender a sublimidade desta hora. Pois bem, nesta noite sagrada o Senhor lhes garante a infalibilidade por três vezes, segundo narra São João, testemunha ocular daqueles acontecimentos. Jesus começa dizendo aos Apóstolos:
"Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará um outro Advogado, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós"(Jo 14,16-17).
Que garantia maior de infalibilidade Jesus poderia ter dado à Sua Igreja, do que deixar nela o Seu próprio Espírito, que Ele chama de Espírito da Verdade? Se Ele permanecerá com a Igreja, "eternamente", como ela poderia errar em matérias essenciais à nossa salvação?
É preciso notar que Jesus disse que o Espírito Santo seria dado "para que fique eternamente convosco." E garantiu ainda que Ele ficaria com a Igreja e estaria na Igreja. "Permanecerá convosco e estará em vós."
Para aceitarmos que a Igreja tenha errado o caminho da verdade, como quiseram Lutero e seus seguidores, depois de 1517 anos, seria preciso antes concordar que o Espírito Santo, "o Espírito da Verdade", tenha abandonado a Igreja. Mas isto jamais poderia ter acontecido, pois Ele foi dado para ficar "eternamente convosco".
As promessas de Jesus para a Sua Igreja são infalíveis, porque Jesus não é um farsante e nem um mentiroso. Naquela hora memorável que antecedia a Sua paixão, Ele não estava brincando com os seus Apóstolos e com a Sua Igreja. Ele se despedia dela com as suas últimas e mais importantes promessas, para em seguida sofrer, por amor a ela, a sua dolorosa paixão.
Infelizmente o orgulho e a soberba espiritual cegam os olhos da alma e não deixam que suas vítimas enxerguem essa verdade. Em que pese os pecados dos seus filhos, mesmo assim, a Igreja jamais perdeu o domínio da verdade.
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