A história da humanidade está repleta de relatos relacionados à  superstição. Medo de gato preto, não passar debaixo de escadas, botar a  imagem de Santo Antônio de ponta-cabeça no copo d’água, dentre tantas  outras, são histórias que permeiam a vida de todos nós. As superstições  são tão antigas quanto a humanidade. Estão presentes na história e  associadas a rituais pagãos em que as pessoas louvavam a natureza. 
Quem nunca ouviu falar de uma delas, não é mesmo? Há séculos  convivemos com esses costumes, muitas vezes, sem saber como nasceram.  Algumas dessas práticas são tão presentes em nosso cotidiano que as  multiplicamos automaticamente em nossas vidas. Há relatos de que a roupa  branca utilizada, por muitos, no Réveillon, é influência de tribos  africanas que vieram para o Brasil no período da escravidão, cor que  traduziria paz e purificação. Bater na madeira é um hábito milenar dos  pagãos, por acreditarem que as árvores seriam morada dos deuses batiam  na madeira como forma de espantar os maus espíritos que rondavam,  chamando o poder das divindades.  
O termo "superstição" vem do latim "superstitio",  origina-se no que acreditamos a partir do conhecimento popular, trata-se  de uma crendice sem base na razão ou conhecimento ou ainda algo muito  relacionado ao comportamento supersticioso e mágico, ligado à maior ou  menor "sorte" em determinada situação.  
Desde a Antiguidade,  os povos eram cheios de crenças ligadas a  aspectos mágicos, identificando situações que dariam ou não sorte  àqueles que seguissem determinadas práticas. Muitas superstições nascem  de hábitos do passado que fazem sentido, mas cuja razão se perdeu ao  longo do tempo, multiplicando uma situação inexistente, que, muitas  vezes, vem de modo fácil e tranquilo. Usar a roupa da sorte, a bebida  especial, a planta de tal tipo.  
 A superstição responde à nossa necessidade de segurança, conforme  afirmação de Kloetzel. "Não é simples coincidência que, justamente o  campo da saúde e da doença, em que nosso desamparo se torna mais  evidente, esteja mais 'minado' por toda sorte de crendices" [...].  "Sabe-se também que é entre os idosos, às voltas com a ideia de morte,  que o misticismo e a religião encontram maior número de devotos", revela  o autor.
A superstição responde à nossa necessidade de segurança, conforme  afirmação de Kloetzel. "Não é simples coincidência que, justamente o  campo da saúde e da doença, em que nosso desamparo se torna mais  evidente, esteja mais 'minado' por toda sorte de crendices" [...].  "Sabe-se também que é entre os idosos, às voltas com a ideia de morte,  que o misticismo e a religião encontram maior número de devotos", revela  o autor.  Estamos em pleno ano 2010, mas ainda há muitos fatos assim, sem  uma base exata; e a verdade é que até aqueles que são mais descrentes,  céticos, muitas vezes, vão atrás da "boa sorte".  
A verdade é que por mais que digam que a religião possa carregar  características supersticiosas, é um grande erro confundir as coisas,  pois a religião não é magia. Ato supersticioso é o fato de alguém  carregar um talismã, evitar situações, praticar atos de sorte ou coisas  do gênero.   
Religião é algo que permanece com o tempo e necessário é crer de  forma intensa; já a superstição é algo em que não se acredita 100%, mas  se faz esta ou aquela simpatia, carrega-se um objeto da sorte.  
O que chamamos de comportamento supersticioso nem sempre é  comprovado e, muitas vezes, é lendário, ou seja, de tanto se acreditar  que algo dá azar ou sorte, a tradição deu àquele número, objeto ou  situação um caráter de favorecimento e crença.  
E você? Já parou para pensar naquilo que cultiva e acredita?  Será que tem dado mais valor às superstições do que à sua vida de  cristão?  
Fica uma reflexão para revermos como cada um de nós assume medos, crenças e crendices que tantas vezes mobilizam nossas vidas. 
Elaine Ribeiro 
                                               Formada em Psicologia Clínica e 
Pós-Graduada em Gestão de Pessoas.
 

 
 
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