quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mais de 200 milhões de cristãos sofrem discriminações


O arcebispo Celestino Migliore, núncio apostólico e observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, disse em Nova York, durante sua intervenção na 64ª sessão da Assembléia Geral da ONU sobre a promoção e defesa dos direitos humanos, em 21/10/2009, que ainda que “não exista nenhuma religião no mundo que esteja isenta de discriminação”, a cristã é a mais perseguida.

“Está bem documentado que os cristãos são o grupo religioso mais discriminado”. “Mais de 200 milhões deles, de várias confissões, encontram-se em situações de dificuldade devido a estruturas legais e culturais que conduzem a sua discriminação”.

“Apesar de ser repetidamente proclamado pela comunidade internacional e especificado nos instrumentos internacionais e nas Constituições da maior parte dos Estados”, o direito à liberdade religiosa “continua sendo hoje violado de uma maneira ampla”, constatou.
Nos últimos meses, recordou, alguns países da Ásia e do Oriente Médio viram as comunidades cristãs “atacadas, com muitos feridos e mortos”, e “igrejas e casas presas das chamas”.

Estas ações, assinalou, “foram cometidas por extremistas em reposta às acusações realizadas contra algumas pessoas em base às leis antiblasfêmia”.
As disposições legislativas sobre a blasfêmia, prosseguiu, “convertem-se com muita facilidade em uma oportunidade, para os extremistas, de perseguir os que escolhem livremente seguir uma tradição de fé diferente”. E têm sido utilizadas para “fomentar a injustiça, a violência sectária e a violência entre religiões”, acrescentou.

“A cooperação entre as religiões – concluiu o arcebispo – é um requisito para a transformação da sociedade”, porque “realmente é possível construir uma cultura da tolerância e da coexistência pacífica entre os povos”.

Fonte: Nova York, 28 de outubro de 2009 (ZENIT.org).

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